Criar Laços

Encontro entre o Principezinho e a Raposa:

“- Vem brincar comigo – propôs o Principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo – disse a raposa – não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa – disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou.
- Que quer dizer “cativar”?
-Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras? (…)
– Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”? [ disse o principezinho ].
- É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. – Significa “criar laços...”
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual  a cem  mil  outros  garotos.  E  eu não  tenho  necessidade  de ti.  E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...” (extrato do texto do Principezinho de A. Saint-Exupéri)

Jesus também nos quer cativar. Ele está nas nossas vidas e convida-nos a partilhar a nossa vida com Ele. “Segue-me” disse a Mateus (Mt 9,9) e a todos nós que tal como os discípulos, temos o nosso coração aberto e disponível para o receber e deixá-lo agir.

E no grupo de jovens é este o caminho: partilhar, encontrar Jesus nos outros, em nós e deixá-lo entrar e agir.

Sexta-feira passada o grupo de jovens reencontrou-se. Apareceram novos elementos. E só os jovens eram 12. Coincidências…ou talvez não. 😉

Apareceram elementos novos.

“Eu gostei muito do encontro de sexta-feira. Gostei principalmente das atividades dinamizadas para nos conhecermos melhor. Espero encontrar uma família neste grupo, criar memórias e ser feliz.” (Sara)

 

“Eu gostei do encontro de sexta porque parecem que todos se dão bem e espero que haja diversão e momentos bons.” (Diana)

 

Como apareceram elementos novos fizemos uma dinâmica que nos permitiu conhecerem-se um pouco mais e melhor.

Tinham um conjunto de legos e num determinado tempo tinham que ir buscar uma peça de cada vez e construir a torre mais alta. E tivemos torres bem altas. Depois tinham de desmontar a torre e para cada peça, falar um pouco de si. De se mostrarem aos outros, quem são, o que querem, o que gostam, o que sonham. E isto nem sempre é fácil, pelo contrário. Mas é importante desinstalarmo-nos. Sairmos da nossa zona de conforto. Até porque é aí que percebemos que conseguimos ser e ir mais além.

Mas, não só foi muito divertido, como surpreendente ver que na vida de cada jovem há coisas belas, interessantes, mas que só se conhecem quando partilhadas desta forma. Temos muito a dar uns aos outros e a aprender uns com os outros.

Rezámos pelos jovens, em geral, e depois houve ainda tempo para um chá e uma fatia de bolo de anos em espírito de alegria, partilha e amizade.

Recebemos Jesus pela Primeira Vez

“Hoje é um dia muito especial.

Todos nós fizemos um caminho de aprendizagem, de criar relação com Jesus, reforçando a nossa fé e união com Ele e entre as nossas famílias.

Neste dia especial, tão esperado, agradecemos a Deus por esta caminhada, e pela bênção da primeira comunhão dos nossos filhos.

Ao receber a Hóstia Consagrada, que é Corpo de Jesus, Jesus fica em nós, reforça a sua morada no nosso coração, alimentando os nossos pensamentos e as nossas ações na fé, na bondade e no amor.

Que o dia de hoje reforce o nosso compromisso com Jesus.  Que o encanto da sua palavra divina ilumine sempre as nossas vidas, e o seu Corpo alimente a nossa fé guiando-nos pelo melhor caminho e ajudando-nos a ser melhores pessoas e a fazer o bem todos os dias.”

 

Foi assim, que no passado domingo, na Eucaristia das 9h30 em Picassinos se deu início à celebração onde 15 crianças receberam pela primeira vez a primeira comunhão, 2 delas também o sacramento do baptismo, tal como o irmão de uma outra menina que fez a primeira comunhão.

 

Foi uma celebração tranquila e muito alegre.  A igreja estava bonita. A celebração foi preparada com gosto e entusiasmo. Já na semana anterior, foi muito bonito e emocionante ver estas crianças e famílias viverem o sacramento da reconciliação.

As crianças estavam excitadas e emocionadas e os pais nervosos. Mas saíram de lá com grandes sorrisos e uma ou outra lágrima que às vezes é precisa para nos deixar em paz e com o coração mais livre.  Esperamos que este momento tenha sido o primeiro de muitos, de aproximação a este Deus que não nos condena, que não nos aponta o dedo. Mas que nos acolhe na nossa fragilidade, na nossa fraqueza, na nossa tristeza e desilusão. E que como pais saibamos transmitir este amor e este perdão incondicional aos nossos filhos.

Para quem esteve de fora do sacramento foi muito bonito ver a vossa alegria e o vosso testemunho aos vossos filhotes.

No dia da celebração era visível nos olhos das crianças a alegria, o entusiasmo e o desejo de quererem comungar pela primeira vez e ficar com Jesus no seu coração desta forma tão única e especial. Eles estavam muito felizes. Mas não eram só eles. Nos olhos dos pais via-se o brilho da felicidade e no sorriso dos lábios o orgulho de verem os vossos filhos darem este grande e belo passo na fé e na amizade com Jesus. Amizade esta que agora se torna muito mais especial.

Todos os momentos da Eucaristia foram belíssimos, com sentido e verdadeiramente vividos. Mas sabem o que é que me fez transbordar o coração foi a vossa presença e acompanhamento no momento da comunhão. O testemunho dos pais da transmissão da fé, daquilo em que acreditam. Uns mais reticentes, outros menos, mas acompanharam os vossos filhos. Uns comungaram, outros receberam apenas a bênção, mas pai e mãe e nalguns casos os irmãos, foram todos comungar. E estes momentos são inesquecíveis:

É nesta alegria das crianças, das famílias, nos seus sorrisos, na sua participação na missa com a comunidade e nesta festa que é a Eucaristia e hoje de forma especial que encontramos verdadeiramente Jesus vivo entre nós e em nós.

Deixamos aqui alguns testemunhos de famílias sobre este dia:

 

“De coração cheio recebemos Jesus no nosso coração.”


“Foi uma festa em que recebemos Jesus em família com muito amor e luz para encaminhar as nossas vidas na nossa missão com a igreja.”


“Foi um dia muito feliz e muito lindo! A emoção foi tanta e foi muito bom receber Jesus pela primeira vez!” 

 

“Recebemos Jesus com muita alegria, paz e luz nos nossos corações.”

 

“O dia em que o meu filho recebeu Jesus foi um dia Inesquecível e emocionante “

 

“Foi um reforço de ter Jesus no coração um momento de união em família.”

 

“Com a primeira comunhão, aprendemos mais uma oração, recebemos a confissão e Jesus no nosso coração!”

 

“A primeira comunhão foi um momento abençoado e repleto de luz para todas as famílias. As crianças fortaleceram a fé e a união com Jesus. Todos nós sentimos uma grande emoção nesta celebração.”

 

“Foi um dia mágico em família e em que fortalecemos os laços com Jesus.”

 

“Foi um dia especial ,com muita alegria a família junta para celebrar a primeira comunhão com muito amor e gratidão”

 

Queremos agradecer aos nossos padres o apoio e colaboração para a celebração, aos catequistas, às famílias que se esforçaram bastante para tornar este momento inesquecível, aos acólitos e ao coro. Todos tornaram esta  festa muito mais bonita e especial.

E como alguns pais referiram: vamos continuar a caminhar e descobrir outras maravilhas de Deus à nossa volta e na sua Palavra para continuarmos a nossa caminhada como verdadeiros discípulos do seu AMOR.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO  

PARA A XXXIX JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 

24 de novembro de 2024 

Aqueles que esperam no Senhor, caminham sem se cansar (cf. Is 40,31) 

Caros jovens! 

No ano passado, começamos a percorrer o caminho da esperança rumo ao Grande Jubileu, refletindo sobre a expressão paulina “Alegres na esperança” (Rm 12, 12). Precisamente para nos prepararmos para a peregrinação jubilar de 2025, este ano deixamo-nos inspirar pelo profeta Isaías, que diz: “Os que esperam no Senhor [...] caminham sem se cansar” (Is 40, 31). Esta expressão é retirada do chamado Livro da Consolação (Is 40-55), que anuncia o fim do exílio de Israel na Babilônia e o início de uma nova fase de esperança e de renascimento para o povo de Deus, que pode regressar à sua pátria graças a um novo “caminho” que, na história, o Senhor abre aos seus filhos (cf. Is 40, 3). 

Também nós vivemos hoje tempos marcados por situações dramáticas que geram desespero e nos impedem de olhar para o futuro com espírito sereno: a tragédia da guerra, as injustiças sociais, as desigualdades, a fome, a exploração do ser humano e da criação. Muitas vezes, quem paga o preço mais alto sois vós, jovens, que sentis a incerteza do futuro e não vislumbrais perspectivas seguras para os vossos sonhos, correndo assim o risco de viver sem esperança, prisioneiros do tédio e da melancolia, por vezes arrastados para a ilusão da transgressão e das realidades destrutivas (cf. Bula Spes non confundit, 12). Por isso, queridos amigos, gostaria que, como aconteceu ao povo de Israel na Babilônia, chegasse também a vós o anúncio da esperança: hoje o Senhor abre diante de vós um caminho e convida-vos a percorrê-lo com alegria e esperança. 

1. A peregrinação da vida e os seus desafios 

Isaías profetiza um “caminhar sem cansaço”. Reflitamos então sobre estes dois aspectos: o caminhar e o cansaço. 

A nossa vida é uma peregrinação, uma jornada que nos empurra para além de nós mesmos, um caminho em busca da felicidade; e a vida cristã, em particular, é uma peregrinação em direção a Deus, à nossa salvação e à plenitude de todo o bem. As realizações, as conquistas e os sucessos do caminho, se forem apenas materiais, depois de um primeiro momento de satisfação, deixam-nos ainda com fome, desejosos de um sentido mais profundo; em verdade, não satisfazem completamente a nossa alma, porque fomos criados por Aquele que é infinito e, por isso, em nós habita o desejo de transcendência, a inquietação contínua para a realização de aspirações maiores, para um “algo a mais”. É por isso que, como já vos disse tantas vezes, “olhar a vida da varanda” não é suficiente para vós, jovens. 

No entanto, é normal que, apesar de começarmos as nossas jornadas com entusiasmo, mais cedo ou mais tarde comecemos a sentir cansaço. Nalguns casos, o que provoca ansiedade e cansaço interior são as pressões sociais para atingir determinados padrões de sucesso nos estudos, no trabalho e na vida pessoal. Isto produz tristeza, pois vivemos no afã de um ativismo vazio que nos leva a preencher os nossos dias com mil coisas e, apesar disso, a sentir que nunca conseguimos fazer o suficiente e que nunca estamos à altura. Este cansaço é muitas vezes acompanhado pelo tédio. É o estado de apatia e de insatisfação de quem não se põe a caminho, não decide, não escolhe, nunca arrisca e prefere ficar na sua zona de conforto, fechado em si mesmo, vendo e julgando o mundo por detrás de uma tela, sem nunca “sujar as mãos” com os problemas, com os outros, com a vida. Este tipo de cansaço é como um cimento no qual mergulhamos os pés, e que acaba por endurecer, pesar, paralisar e impedir-nos de avançar. Prefiro o cansaço dos que estão a caminho do que o tédio dos que estão parados e não têm vontade de andar! 

A solução para o cansaço, paradoxalmente, não é ficar parado para descansar. É, pelo contrário, pôr-se a caminho e tornar-se peregrino da esperança. Este é o convite que vos faço: caminhai na esperança! A esperança vence todo o cansaço, toda a crise e toda a ansiedade, dando-nos uma 

forte motivação para avançar, porque é um dom que recebemos do próprio Deus: Ele enche o nosso tempo de sentido, ilumina-nos o caminho, indica-nos a direção e a meta da vida. O apóstolo Paulo utilizou a imagem do atleta no estádio, que corre para receber o prémio da vitória (cf. 1 Cor 9, 24). Quem já participou numa competição desportiva – não como espectador, mas como protagonista – conhece bem a força interior que é necessária para chegar à meta. A esperança é precisamente uma força nova, que Deus infunde em nós, que nos permite perseverar na corrida, que nos dá uma “visão de longo alcance”, que ultrapassa as dificuldades do presente e nos orienta para uma meta concreta: a comunhão com Deus e a plenitude da vida eterna. Se há uma bela meta, se a vida não se dirige para o vazio, se nada daquilo que sonho, projeto e realizo se perde, então vale a pena caminhar e suar, suportar os obstáculos e enfrentar o cansaço, porque a recompensa final é maravilhosa! 

2. Peregrinos no deserto 

Na peregrinação da vida, haverá inevitavelmente desafios a enfrentar. Nos tempos antigos, 

durante as peregrinações mais longas, era preciso enfrentar as mudanças de estação e de clima; atravessar prados agradáveis e bosques refrescantes, mas também montanhas cobertas de neve e desertos tórridos. Assim, a peregrinação de uma vida e a viagem para um destino longínquo não deixam de ser cansativas também para quem crê, tal como o foi para o povo de Israel a viagem pelo deserto até à Terra Prometida. 

Assim é para todos vós. Mesmo para aqueles que receberam o dom da fé, houve momentos felizes em que Deus esteve presente e o sentistes próximo, e outros momentos em que experimentastes o deserto. Pode acontecer que o entusiasmo inicial nos estudos ou no trabalho, ou o impulso para seguir Cristo – tanto no matrimônio, como no sacerdócio ou na vida consagrada – sejam seguidos por momentos de crise, que fazem com que a vida pareça uma difícil caminhada no deserto. Estes momentos de crise, porém, não são tempos perdidos ou inúteis, mas podem revelar-se importantes oportunidades de crescimento. São tempos de purificação da esperança! Com efeito, durante as crises são desfeitas muitas “esperanças” falsas, demasiado pequenas para o nosso coração; são desmascaradas e, assim, ficamos nus diante de nós próprios e das questões fundamentais da vida, para além de qualquer ilusão. E, nesse momento, cada um de nós pode perguntar-se: em que esperanças baseio a minha vida? São esperanças verdadeiras ou são ilusões? 

Nestes momentos, o Senhor não nos abandona; aproxima-se com a sua paternidade e dá-nos sempre o pão que revigora as nossas forças e nos põe de novo a caminho. Recordemos que ao povo no deserto deu o maná (cf. Ex 16) e ao profeta Elias, cansado e desanimado, ofereceu duas vezes um pão achatado e água para que pudesse caminhar “quarenta dias e quarenta noites até chegar ao Horeb, o monte de Deus” (cf. 1 Rs 19, 3-8). Nestas histórias bíblicas, a fé da Igreja viu prefigurações do dom precioso da Eucaristia, verdadeiro maná e verdadeiro viático, que Deus nos dá para nos sustentar no nosso caminho. Como dizia o Beato Carlo Acutis, a Eucaristia é a autoestrada para o céu. Um jovem que fez da Eucaristia o seu compromisso quotidiano mais importante! Assim, intimamente unidos ao Senhor, caminhamos sem nos cansarmos, porque Ele caminha junto a nós (cf. Mt 28,20). Convido-vos a redescobrir o grande dom da Eucaristia! 

Nos inevitáveis momentos de cansaço da nossa peregrinação neste mundo, aprendamos então a descansar como Jesus e em Jesus. Ele, que recomenda aos discípulos que repousem depois de regressarem da sua missão (cf. Mc 6, 31), reconhece a vossa necessidade de repouso do corpo, 

de tempo para o lazer, para gozar a companhia dos amigos, para o desporto e até para o sono. Mas há um repouso mais profundo, o repouso da alma, que muitos procuram e poucos encontram, e que só pode ser encontrado em Cristo. Sabei que todo o cansaço interior pode encontrar alívio no Senhor, que vos diz: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu hei de aliviar-vos” (Mt 11, 28). Quando o cansaço do caminho vos pesar, voltai para Jesus, aprendei a descansar n’Ele e a permanecer n’Ele, pois “aqueles que esperam no Senhor [...] caminham sem se cansar” (Is 40,31). 

3. De turistas a peregrinos 

Queridos jovens, o convite que vos faço é para que vos coloqueis a caminho, para descobrir a vida, nas pegadas do amor, em busca do rosto de Deus. Mas o que vos recomendo é o seguinte: não partam como meros turistas, mas como peregrinos. Isto é, que a vossa caminhada não seja apenas uma passagem pelos lugares da vida de forma superficial, sem captar a beleza do que encontrais, sem descobrir o sentido dos caminhos percorridos, captando só breves momentos, experiências fugazes registradas numa selfie. O turista faz isso. O peregrino, pelo contrário, mergulha de alma e coração nos lugares que encontra, fá-los falar, torna-os parte da sua busca de felicidade. A peregrinação jubilar quer, portanto, tornar-se o sinal do caminho interior que todos somos chamados a fazer para chegar ao destino final. 

Com estas atitudes, todos nos preparamos para o Ano Jubilar. Espero que para muitos de vós seja possível vir a Roma em peregrinação para atravessar as Portas Santas. Para todos, em todo o caso, haverá a possibilidade de fazer esta peregrinação também nas Igrejas particulares, para redescobrir os numerosos santuários locais que guardam a fé e a piedade do povo santo e fiel de Deus. E faço votos de que esta peregrinação jubilar se torne para cada um de nós “um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação” (Bula Spes non confundit, 1). Exorto-vos a vivê-la com três atitudes fundamentais: a ação de graças, para que o vosso coração se abra ao louvor pelos dons recebidos, principalmente o dom da vida; a procura, para que o caminho exprima o desejo constante de procurar o Senhor e de não deixar apagar a sede do coração; e, por fim, o arrependimento, que nos ajuda a olhar para dentro de nós mesmos, a reconhecer os caminhos e as opções erradas que por vezes tomamos e, assim, a poder converter-nos ao Senhor e à luz do seu Evangelho. 

4. Peregrinos de esperança para a missão 

Deixo-vos mais uma imagem sugestiva para a vossa viagem. Ao chegar à Basílica de São Pedro, em Roma, atravessa-se a praça que está rodeada pela colunata criada pelo grande arquiteto e escultor Gian Lorenzo Bernini. A colunata, no seu conjunto, parece um grande abraço: são os dois braços abertos da Igreja, nossa mãe, que acolhe todos os seus filhos! Neste próximo Ano Santo da Esperança, convido-vos a todos a experimentar o abraço do Deus misericordioso, a experimentar o seu perdão, a remissão de todas as nossas “dívidas interiores”, como era tradição nos jubileus bíblicos. E assim, acolhidos por Deus e renascidos n'Ele, também vós vos tornais braços abertos para tantos dos vossos amigos e colegas que precisam de sentir, através do vosso acolhimento, o amor de Deus Pai. Cada um de vós ofereça “ao menos um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, sabendo que, no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se uma semente fecunda de esperança para quem o recebe” , e assim vos tornareis incansáveis missionários da alegria. 

Enquanto caminhamos, levantemos o olhar, com os olhos da fé, para os santos que nos precederam na caminhada, que chegaram à meta e nos dão o seu testemunho encorajador: 

“Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel. A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda” (2Tm 4,7-8). O exemplo dos homens e das mulheres santos atrai-nos e sustenta-nos. 

Coragem! Trago-vos a todos no meu coração e confio o caminho de cada um de vós à Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo, saibais esperar com paciência e confiança aquilo que esperais, permanecendo no vosso caminho como peregrinos da esperança e do amor. 

Roma, São João de Latrão, 29 de agosto de 2024, memória do martírio de São João Batista.

FRANCISCUS 


A decomposição da sinodalidade - por Dominic V. Cassella

No dia 22 de Outubro assinalou-se o vigésimo aniversário da morte de Louis Bouyer, o padre católico francês que era visto como demasiado progressista por alguns católicos conservadores, e demasiado tradicionalista por muitos católicos liberais. Porém, Bouyer foi o fundador, juntamente com Hans Urs von Balthasar e Joseph Ratzinger, da conhecida revista académica Communio, bem como autor de vários livros.

Participou no Concílio Vaticano Segundo como peritus – um perito em teologia convidado para aconselhar os bispos. Depois do Concilio, Bouyer publicou um livro que sabia que lhe traria inimigos e mágoa em igual medida: A Decomposição do Catolicismo.

“Catolicismo”, neste contexto, não se refere à Igreja Católica. “Catolicismo”, segundo Bouyer, é um movimento, quase uma ideologia, que assumiu um controlo desproporcional sobre o governo da Igreja.

Por “Catolicismo” ele quer dizer “o sistema artificial fabricado pela Contrarreforma, e endurecida à bastonada pelo modernismo”. Se isto for “catolicismo”, então bem pode morrer. Na verdade, da perspectiva de Bouyer, “há boas possibilidades de até já ter morrido, embora não o consigamos perceber.”

As características gerais deste moribundo “catolicismo” – um termo que surgiu por volta do Século XVI para descrever um sistema de adesão aos ensinamentos da Igreja Católica – são variadas e até, por vezes, contraditórias. A razão para as contradições é que, no final de contas, existem dois tipos de “catolicismo” com efeitos igualmente nocivos: “progressismo” e “integralismo”.

Segundo Bouyer, o integralismo é marcado por um conservadorismo rígido e um desejo de manter cada detalhe da prática católica “como sempre foi”. Tende a virar as costas ao mundo contemporâneo, recusando até interagir com ele.

Antes do Vaticano II, este integralismo era caracterizado por aqueles líderes religiosos que praticavam um estilo de autoritarismo que reduz a fé a uma coisa de tipo tribal. O integralismo pós-conciliar foi, contudo, “uma das massas de boas pessoas profundamente magoadas que, sem líderes capazes ou dignos de os liderar, poderiam simplesmente congelar-se numa temperamental recusa em ceder”.

Já o progressismo, obviamente, posiciona-se no extremo oposto. Adopta um enfoque excessivo em estar “aberto ao muindo” e de se acomodar à cultura secular. Os progressistas abraçam de forma acrítica a modernidade e a secularização, e a sua abertura faz com que seja fácil serem convertidos ao mundo, em vez de serem uma força para converter o mundo.

De facto, a razão para a susceptibilidade do progressismo às modas é a convicção de que não tem dada para ensinar ao mundo, e por isso deve escutá-lo. A necessidade de escutar leva a uma ênfase exagerada na adaptação da fé às sensibilidades contemporâneas, levando frequentemente à diluição do carácter distintivo católico. Nas suas tentativas de parecer sensato aos insensatos, o progressismo reinterpreta ou desvaloriza a doutrina católica ao ponto do absurdo.

Para Bouyer, o integralismo e o progressismo têm uma característica em comum: uma obsessão com a autoridade da Igreja. Tanto para um como para outro, a autoridade – petrificada no trono papal – tornou-se um fim em si mesmo, em vez de um serviço à verdade e à unidade.

Louis Bouyer

O sistema do “catolicismo” ganhou vida ao longo de vários séculos, na medida em que os membros da Igreja abraçaram uma eclesiologia de “poder” em vez de orientação pastoral. A autoridade foi sendo vista cada vez mais como um absoluto, em vez de algo divorciado da tradição – salvo, talvez, a tradição particular da dita autoridade – e dos fiéis.

A autoridade passou a ser vista principalmente como repressiva ou opressiva da consciência individual, em vez de guia e estimulante de vida cristã autêntica.

Este “catolicismo” – tanto progressista como integralista – criou uma falsa dicotomia entre a autoridade e a liberdade, enquanto uma genuína compreensão católica as vê como complementares: “Tinham uma falsa noção dela, vendo-a apenas como uma negação da liberdade que era em si identificada com as suas formas negativas (com o livre de a eclipsar a liberdade para)”.

Esta visão equivocada levou a uma ênfase exagerada na uniformidade e conformidade, abafando a legítima diversidade na Igreja – em larga medida segundo a visão integralista. O resultado foi uma tendência para reduzir a fé à mera obediência de regras externas em vez de uma relação viva com Deus. Esta conceção equivocada da autoridade contribuiu tanto para o autoritarismo rígido do integralismo como para a rejeição reactiva da autoridade por parte do progressismo (que, todavia, continuou a acreditar na autoridade acima da verdade).

A crítica de Bouyer ao “Catolicismo” enquanto sistema artificial dentro da Igreja manifesta paralelos assinaláveis com a noção contemporânea da sinodalidade, em particular como manifestada pelo Sínodo da Sinodalidade. Tal como o “catolicismo” que Bouyer descreve, a sinodalidade arrisca tornar-se um movimento que busca um controlo desproporcional sobre o governo da Igreja. Exibe ainda características tanto do progressismo como do integralismo que Bouyer identificou.

Por um lado, o foco da sinodalidade em “escutar todas as vozes” faz eco da tendência progressista para abraçar acriticamente a cultura secular moderna, correndo o risco de diluir aquilo que é distintamente católico, para poder parecer relevante. Por outro, a codificação de processos formais espelha a inclinação integralista para sistemas rígidos – i.e., apesar do ideal da escuta – sobretudo da “experiência de vida” das pessoas, torna-se autoritária.

Mais, o foco da sinodalidade na autoridade e nos “processos” de decisão reflecte a ênfase problemática no poder eclesiástico que Bouyer criticava. Tal como Bouyer via o “catolicismo” como um sistema em decomposição, pode-se argumentar que a sinodalidade representa uma nova expressão desta construção artificial: embora procure a inclusividade e a participação, arrisca-se a cair na armadilha de dar prioridade ao processo em detrimento da verdade e da unidade.

Claro que se queremos mesmo espalhar a mensagem de Cristo pelo mundo, temos em primeiro lugar que a compreender. Independentemente das nossas intenções, nós já fazemos parte deste mundo. Não escolhemos o tempo em que vivemos, tal como não escolhemos a nossa composição genética. Para se ser um cristão efectivo devemos estar no mundo, continuando, todavia, a “não ser do mundo”. Só conseguimos compreender as dificuldades contemporâneas se mantivermos a Verdade – a verdade da fé e da razão – ao leme.

Tal como Bouyer escreveu sobre o “catolicismo”, a sinodalidade pode morrer, mas “a Igreja una, santa, católica e apostólica, sobre qual Pedro e os seus sucessores ‘presidem em caridade’, tem a promessa da vida eterna, e a sua fé não será desapontada”.

*Dominic V. Cassella é aluno de doutoramento na Catholic University of America, e é director executivo da Theosis Academy, um site dedicado à educação católica e ortodoxa e ao diálogo ecuménico, sedeada em Fairfax, Virginia. Cassella é também assistente editorial e online no The Catholic Thing.

(Publicado pela primeira vez na terça-feira, 22 de Outubro de 2024 em The Catholic Thing

© 2024 The Catholic Thing. Direitos reservados. Para os direitos de reprodução contacte: info@frinstitute.org

The Catholic Thing é um fórum de opinião católica inteligente. As opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Este artigo aparece publicado em Actualidade Religiosa com o consentimento de The Catholic Thing

Seminário de Porta Aberta

Semana dos Seminários Na nossa Diocese

Na Diocese de Leiria-Fátima, há diversas atividades a decorrer relacionadas com a vida do Seminário e a promoção das vocações sacerdotais.

O Seminário em Família continua a acompanhar jovens dos vários níveis de ensino, promovendo iniciativas que incentivam a descoberta da vocação sacerdotal. Entre estas iniciativas, destaca-se o “Seminário em Dia Aberto”, que terá lugar no sábado, dia 9 de novembro, entre as 16h00 e as 22h30. Esta atividade oferece uma oportunidade de primeiro contacto com o seminário, as pessoas e a vocação sacerdotal. As inscrições podem ser feitas através deste link: https://forms.gle/L3jweW9aR2Ub4aJ38.

A encerrar o “Dia Aberto”, haverá uma Vigília de Oração presidida pelo bispo diocesano, D. José Ornelas, às 21h30, na Igreja do Seminário, onde a comunidade se unirá em oração pelo dom dos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais.

Para além disso, haverá outras atividades vocacionais, como os encontros “Vem Ver+”, agendados para 8 de fevereiro e 3 de maio, destinados a rapazes e raparigas que desejem refletir sobre a vocação batismal. A FOS (Família de Oração pelo Seminário) também continuará a promover, como habitual, uma noite de oração mensal pelas vocações sacerdotais, na terceira quinta-feira de cada mês, às 21h00, com a colaboração de diversas paróquias e institutos religiosos da diocese. As próximas datas são: 21 de novembro, 19 de dezembro e 16 de janeiro.

Outro projeto relevante é “Sonhar com Deus o Mundo, a Igreja e a minha Vida”, uma iniciativa de pastoral vocacional realizada em parceria com professores de Educação Moral e Religiosa Católica e o Serviço de Animação Vocacional da Diocese, com o objetivo de envolver adolescentes em escolas públicas e privadas.

Durante esta semana, as comunidades paroquiais receberão materiais de apoio à oração pelos seminários, como cartazes e pagelas, que também estão disponíveis para descarregamento online.

NOTA PASTORAL PARA A SEMANA DOS SEMINÁRIOS 2024

QUE POSSO EU ESPERAR? (Salmo 39,8)

Entre 3 e 11 de novembro, decorre a Semana de Oração pelos Seminários. Uma semana especial, onde todos, comunidades, famílias e cada um pessoalmente, dá atenção a uma parcela da Igreja, que é imagem de um tempo e de uma nova realidade. Não é novidade para ninguém que há menos candidatos ao sacerdócio, menos seminaristas, menos seminários.

Se os números criam impacto, pela negativa ou pela positiva, o lema proposto para este ano: "Que posso eu esperar", situa-nos numa outra direção.

Sem nos distanciarmos dos desafios, que muitas vezes nos levam a traduzir, a espera ou o esperar, por aguardar, estamos convidados traduzir a espera por esperança. Não esperar que aconteça, mas lutarmos e confiarmos que possa acontecer. Este é um movimento que o salmista constrói n'Aquele que é capaz de fazer acontecer, por isso, acrescenta o salmo 39: "a minha esperança está no Senhor", num Senhor que não nos abandona.

Todos rezamos, mas precisamos de nos empenhar, para que a Esperança traga mais vocações sacerdotais. Não desistimos, nem nos rendemos, diante da aridez que experimentamos.

Daí que a nossa esperança tem que explorar novos formatos, novos acompanhamentos, novas possibilidades, um futuro novo para um tempo novo.

Contamos com o Senhor Jesus, que nos ama e em quem colocamos a nossa esperança. É Ele que nos há de inspirar, que nos há de transformar e que entusiasmará mais jovens para este serviço ministerial na Igreja.

Mas Jesus também conta com a nossa ambição e a nossa aventura, arriscando mais e percorrendo novos modelos, sem medo e com muita confiança. Se não esperamos nada, continuamos amarrados ao desânimo e à derrota. Tal estado impede de nos levantarmos e sobretudo não permite que muitos outros jovens queiram fazer a experiência de Seminário e encontrar no sacerdócio, o seu futuro e a sua esperança.

Na catequese, nos acólitos, nos leitores, nos cantores, as comunidades não poderão provocar pessoalmente esta questão: "Que posso eu esperar?".

Agradecemos o contributo precioso e criativo da Arquidiocese de Braga, na oferta dos materiais para esta Semana de Oração pelos Seminários Diocesanos.

Como Maria, a Mãe de Jesus, o jovem nazareno, não nos podemos demitir de fazer o possível, para que Deus faça o impossível.

Como Maria esperamos, não como quem aguarda passivamente, mas como quem alimenta a esperança de que tudo pode acontecer, deixando-nos transformar pelas dificuldades.

Que Maria, a Mãe de todos, cuide das nossas equipas formadoras e dos nossos seminaristas, sempre abertos à Esperança, que é Seu Filho, Jesus, mais forte que o desânimo e a indiferença.

Vitorino Soares

Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios

Festa da Senhora Aparecida

A nossa Paróquia tem acolhido um grande número de imigrantes brasileiros que de um modo especial se têm inserido activamente.

Apresentam-se, notam-se já em grande número nos banco da igreja,  oferecem-se para voluntários, ajudam na festa, na catequese, trazem consigo a sua cultura e experiência que por vezes nos deixa surpresos, como quando há uns meses um casal pediu se podia apresentar o seu filho à comunidade.
(Achámos, o padre Jorge e o padre Patrício, que era para baptizar a criança porque não temos por hábito fazê-lo, mesmo que o ritual do baptismo proponha esse momento(!).)

Todos nós temos família que emigrou e conhecemos bem a realidade de quem procura um cheiro familiar longe de casa. Nós temos comunidades portuguesas em França, na Alemanha, que cuidam de Paróquias onde a “língua oficial”é o Português.

O ano passado surgiu a ideia de ter um dia dedicado à Nossa Senhora Aparecida.

Ficou prometido para o dia 12 de Outubro, sem termos percebido na altura que iria chocar com a festa da Padroeira, pelo que se ajustou para o dia 26 de Outubro.

Não será uma festa com arraial, mas um pequeno momento de oração e de apresentação desta devoção, que de resto é profundamente ligada à história de Portugal e à religiosidade popular.

Apesar de lhe chamarmos sempre Senhora da Aparecida, é a Senhora da Conceição Aparecida.

Assim faremos uma pequenina apresentação às 21h00 na igreja Paroquial, seguida de momento de oração.

Será, assim o esperamos oportunidade de enriquecimento espiritual e cultural, mas ao mesmo tempo oportunidade de fazer com que esta porção do povo de Deus se sinta acolhida e em casa.

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO PARA O XCVIII DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2024

Ide e convidai a todos para o banquete (cf. Mt 22, 9)

Queridos irmãos e irmãs!

Para o Dia Mundial das Missões deste ano, tirei o tema da parábola evangélica do banquete nupcial (cf. Mt 22, 1-14). Depois que os convidados recusaram o convite, o rei – protagonista da narração – diz aos seus servos: «Ide às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes» (22, 9). Refletindo sobre esta frase-chave, no contexto da parábola e da vida de Jesus, podemos ilustrar alguns aspetos importantes da evangelização. Tais aspetos revelam-se particularmente atuais para todos nós, discípulos-missionários de Cristo, nesta fase final do percurso sinodal que, de acordo com o lema «Comunhão, participação, missão», deverá relançar na Igreja o seu empenho prioritário, isto é, o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo.

1. «Ide e convidai»: a missão como ida incansável e convite para a festa do Senhor

No início da ordem do rei aos seus servos, há dois verbos que expressam o núcleo da missão: «ide» e chamai, «convidai».

Quanto ao primeiro verbo, convém recordar que antes os servos tinham sido já enviados para transmitir a mensagem do rei aos convidados (cf. 22, 3-4). Daqui se deduz que a missão é ida incansável rumo a toda a humanidade para a convidar ao encontro e à comunhão com Deus. Incansável! Deus, grande no amor e rico de misericórdia, está sempre em saída ao encontro de cada ser humano para o chamar à felicidade do seu Reino, apesar da indiferença ou da recusa. Assim Jesus Cristo, bom pastor e enviado do Pai, andava à procura das ovelhas perdidas do povo de Israel e desejava ir mais além para alcançar também as ovelhas mais distantes (cf. Jo 10, 16). Quer antes quer depois da sua ressurreição, disse aos discípulos «ide», envolvendo-os na sua própria missão (cf. Lc 10, 3; Mc 16, 15). Por isso, a Igreja continuará a ultrapassar todo e qualquer limite, sair incessantemente sem se cansar nem desanimar perante dificuldades e obstáculos, a fim de cumprir fielmente a missão recebida do Senhor.

Aproveito o momento para agradecer aos missionários e missionárias que, respondendo ao chamamento de Cristo, deixaram tudo e partiram para longe da sua pátria a fim de levar a Boa Nova aonde o povo ainda não a recebera ou só recentemente é que a conheceu. Irmãs e irmãos muito amados, a vossa generosa dedicação é expressão tangível do compromisso da missão ad gentes que Jesus confiou aos seus discípulos: «Ide e fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19). Por isso continuamos a rezar e a agradecer a Deus pelas novas e numerosas vocações missionárias para esta obra de evangelização até aos confins da terra.

E não esqueçamos que todo o cristão é chamado a tomar parte nesta missão universal com o seu testemunho evangélico em cada ambiente, para que toda a Igreja saia continuamente com o seu Senhor e Mestre rumo às «saídas dos caminhos» do mundo atual. Sim, «hoje o drama da Igreja é que Jesus continua a bater à porta, mas da parte de dentro, para que O deixemos sair! Muitas vezes acabamos por ser uma Igreja (…) que não deixa o Senhor sair, que O retém como “propriedade sua”, quando o Senhor veio para a missão e quer que sejamos missionários» (Discurso aos participantes no Congresso promovido pelo Dicastério para os leigos, a família e a vida, 18/II/2023). Oxalá todos nós, batizados, nos disponhamos a sair de novo, cada um segundo a própria condição de vida, para iniciar um novo movimento missionário, como nos alvores do cristianismo.

Voltando à ordem do rei aos servos na parábola, vemos que caminham lado a lado o «ir» e o chamar ou, mais precisamente, «convidar»: «Vinde às bodas!» (Mt 22, 4). Isto faz-nos vislumbrar outro aspeto, não menos importante, da missão confiada por Deus. Como se pode imaginar, aqueles servos-mensageiros transmitiam o convite do soberano assinalando a sua urgência, mas faziam-no também com grande respeito e gentileza. De igual modo, a missão de levar o Evangelho a toda a criatura deve ter, necessariamente, o mesmo estilo d’Aquele que se anuncia. Ao proclamar ao mundo «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 36), os discípulos-missionários fazem-no com alegria, magnanimidade, benevolência, que são fruto do Espírito Santo neles (cf. Gal 5, 22); sem imposição, coerção nem proselitismo; mas sempre com proximidade, compaixão e ternura, que refletem o modo de ser e agir de Deus.

2. «Para o banquete»: a perspetiva escatológica e eucarística da missão de Cristo e da Igreja

Na parábola, o rei pede aos seus servos que levem o convite para o banquete das bodas de seu filho. Este banquete reflete o banquete escatológico; é imagem da salvação final no Reino de Deus – já em realização com a vinda de Jesus, o Messias e Filho de Deus, que nos deu a vida em abundância (cf. Jo 10, 10), simbolizada pela mesa preparada com «carnes gordas, acompanhadas de vinhos velhos» –, quando Deus «aniquilar a morte para sempre» (cf. Is 25, 6-8).

A missão de Cristo é missão da plenitude dos tempos, como Ele mesmo declarou no início da sua pregação: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo» (Mc 1, 15). Ora, os discípulos de Cristo são chamados a continuar esta mesma missão do seu Mestre e Senhor. A propósito, recordemos o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre o caráter escatológico do compromisso missionário da Igreja: «A atividade missionária desenrola-se entre o primeiro e o segundo advento do Senhor (…). Antes de o Senhor vir, tem de ser pregado o Evangelho a todos os povos» (Decr. Ad gentes, 9).

Sabemos que o zelo missionário, nos primeiros cristãos, possuía uma forte dimensão escatológica. Sentiam a urgência do anúncio do Evangelho. Também hoje é importante ter presente tal perspetiva, porque nos ajuda a evangelizar com a alegria de quem sabe que «o Senhor está perto» e com a esperança de quem propende para a meta, quando estivermos todos com Cristo no seu banquete nupcial no Reino de Deus. Assim, enquanto o mundo propõe os vários «banquetes» do consumismo, do bem-estar egoísta, da acumulação, do individualismo, o Evangelho chama a todos para o banquete divino onde reinam a alegria, a partilha, a justiça, a fraternidade, na comunhão com Deus e com os outros.

Temos esta plenitude de vida, dom de Cristo, antecipada já agora no banquete da Eucaristia, que a Igreja celebra por mandato do Senhor em memória d’Ele. Por isso o convite ao banquete escatológico, que levamos a todos na missão evangelizadora, está intrinsecamente ligado ao convite para a mesa eucarística, onde o Senhor nos alimenta com a sua Palavra e com o seu Corpo e Sangue. Como ensinou Bento XVI, «em cada celebração eucarística realiza-se sacramentalmente a unificação escatológica do povo de Deus. Para nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final, preanunciado pelos profetas (cf. Is 25, 6-9) e descrito no Novo Testamento como “as núpcias do Cordeiro” (Ap 19, 7-9), que se hão de celebrar na comunhão dos santos» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 31).

Assim, todos somos chamados a viver mais intensamente cada Eucaristia em todas as suas dimensões, particularmente a escatológica e a missionária. Reafirmo, a este respeito, que «não podemos abeirar-nos da mesa eucarística sem nos deixarmos arrastar pelo movimento da missão que, partindo do próprio Coração de Deus, visa atingir todos os homens» (Ibid., 84). A renovação eucarística, que muitas Igrejas Particulares têm louvavelmente promovido no período pós-Covid, será fundamental também para despertar o espírito missionário em todo o fiel. Com quanta mais fé e ímpeto do coração se deveria pronunciar, em cada Missa, a aclamação «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!»

Por conseguinte, no Ano dedicado à oração como preparação para o Jubileu de 2025, desejo convidar a todos para intensificarem também e sobretudo a participação na Missa e a oração pela missão evangelizadora da Igreja. Esta, obediente à palavra do Salvador, não cessa de elevar a Deus, em cada celebração eucarística e litúrgica, a oração do Pai Nosso com a invocação «Venha a nós o vosso Reino». E assim a oração quotidiana e de modo particular a Eucaristia fazem de nós peregrinos-missionários da esperança, a caminho da vida sem fim em Deus, do banquete nupcial preparado por Deus para todos os seus filhos.

3. «Todos»: a missão universal dos discípulos de Cristo e a Igreja toda sinodal-missionária

A terceira e última reflexão diz respeito aos destinatários do convite do rei: «todos». Como sublinhei, «no coração da missão, está isto: aquele “todos”. Sem excluir ninguém. Todos. Por conseguinte, cada uma das nossas missões nasce do Coração de Cristo, para deixar que Ele atraia todos a Si» (Discurso aos participantes na Assembleia Geral das Pontifícias Obras Missionárias, 03/VI/2023). Ainda hoje, num mundo dilacerado por divisões e conflitos, o Evangelho de Cristo é a voz mansa e forte que chama os homens a encontrarem-se, a reconhecerem-se como irmãos e a alegrarem-se pela harmonia entre as diversidades. Deus «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4). Por isso, nas nossas atividades missionárias, nunca nos esqueçamos que somos enviados a anunciar o Evangelho a todos, e «não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 14).

Os discípulos-missionários de Cristo trazem sempre no coração a preocupação por todas as pessoas, independentemente da sua condição social e mesmo moral. A parábola do banquete diz-nos que, seguindo a recomendação do rei, os servos reuniram «todos aqueles que encontraram, maus e bons» (Mt 22, 10). Além disso, os convidados especiais do rei são precisamente «os pobres, os estropiados, os cegos e os coxos» (Lc 14, 21), isto é, os últimos e os marginalizados da sociedade. Assim, o banquete nupcial do Filho, que Deus preparou, permanece para sempre aberto a todos, porque grande e incondicional é o seu amor por cada um de nós. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele crê não se perca, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). Toda a gente, cada homem e cada mulher, é destinatário do convite de Deus para participar na sua graça que transforma e salva. Basta apenas dizer «sim» a este dom divino gratuito, acolhendo-o e deixando-se transformar por ele, como se se revestisse com um «traje nupcial» (cf. Mt 22, 12).

A missão para todos requer o empenho de todos. Por isso é necessário continuar o caminho rumo a uma Igreja, toda ela, sinodal-missionária ao serviço do Evangelho. De per si a sinodalidade é missionária e, vice-versa, a missão é sempre sinodal. Por conseguinte, hoje, é ainda mais urgente e necessária uma estreita cooperação missionária seja na Igreja universal, seja nas Igrejas Particulares. Na esteira do Concílio Vaticano II e dos meus antecessores, recomendo a todas as dioceses do mundo o serviço das Pontifícias Obras Missionárias, que constituem meios primários «quer para dar aos católicos um sentido verdadeiramente universal e missionário logo desde a infância, quer para promover coletas eficazes de subsídios para bem de todas as missões segundo as necessidades de cada uma» (Decr. Ad gentes, 38). Por esta razão, as coletas do Dia Mundial das Missões em todas as Igrejas Particulares são inteiramente destinadas ao Fundo Universal de Solidariedade, que depois a Pontifícia Obra da Propagação da Fé distribui, em nome do Papa, para as necessidades de todas as missões da Igreja. Peçamos ao Senhor que nos guie e ajude a ser uma Igreja mais sinodal e mais missionária (cf. Homilia na Missa de encerramento da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, 29/X/2023).

Por fim, voltemos o olhar para Maria, que obteve de Jesus o primeiro milagre precisamente numa festa de núpcias, em Caná da Galileia (cf. Jo 2, 1-12). O Senhor ofereceu aos noivos e a todos os convidados a abundância do vinho novo, sinal antecipado do banquete nupcial que Deus prepara para todos no fim dos tempos. Também hoje peçamos a sua intercessão materna para a missão evangelizadora dos discípulos de Cristo. Com o júbilo e a solicitude da nossa Mãe, com a força da ternura e do carinho (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), saiamos e levemos a todos o convite do Rei Salvador. Santa Maria, Estrela da evangelização, rogai por nós!

Roma – São João de Latrão, na Festa da Conversão de São Paulo, 25 de janeiro de 2024.

FRANCISCO

JOTA JOTI 2024

O JOTA-JOTI é o maior evento escutista do mundo, que acontece online e via rádio. A edição deste ano irá acontecer nos dia 18, 19 e 20 de outubro com base na Marinha Grande.

Este grandioso evento reúne mais de 2 milhões de escuteiros todos os anos para três dias de atividades escutistas e amizade, onde os participantes podem aprender sobre tecnologia de comunicação e criar ligações significativas com escuteiros de mais de 174 países.

O JOTA-JOTI está aberto a escuteiros de todo o mundo e envolve jovens em atividades educacionais que desenvolvem o trabalho em equipa, a compreensão intercultural e habilidades para o futuro usando a internet e o rádio.

O tema do JOTA-JOTI 2024, em Portugal é “Todos, por um Mundo Mais Verde” e está centrado na ideia de apoiar os jovens a ligarem-se entre si e com a natureza durante todo o evento, enquanto assumem um compromisso com a sustentabilidade.

O tema sublinha a importância da ação coletiva e da liderança juvenil na abordagem dos desafios ambientais prementes, e serve como um apelo à ação para os escuteiros defenderem a sustentabilidade e se esforçarem para criar um planeta mais saudável e resiliente para as gerações futuras.

O tema “Todos, por um Mundo Mais Verde” está estreitamente alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 (Fome Zero), 6 (Água Potável e Saneamento), 7 (Energia Limpa e Acessível), 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), 12 (Consumo Responsável e Produção), 13 (Ação Climática), 14 (Vida Submarina), 15 (Vida Terrestre) e 17 (Parcerias para os Objetivos).

Durante o JOTA-JOTI, os escuteiros aprenderão como podem contribuir para a preservação da biodiversidade e combater as alterações climáticas, ao mesmo tempo que desenvolvem as competências necessárias para agir para proteger o nosso planeta. 

O evento proporcionará um espaço através de atividades online e offline para os escuteiros melhorarem a sua consciência ambiental, trocarem ideias sobre práticas ecológicas e sustentáveis, capacitarem-se para desenvolver competências verdes e aprenderem formas de se tornarem defensores de comunidades mais verdes.


Em linha com o tema, os objetivos do JOTA-JOTI deste ano são:

  • Promover a consciência ambiental

  • Preparar os escuteiros para terem hábitos e práticas verdes

  • Incutir-lhes um senso de responsabilidade para com o meio ambiente

  • Promover um sentimento de unidade e colaboração global

 

Quer estejas ligado através de ondas de rádio ou pela internet, prepara-te para uma incrível jornada de aprendizagem, diversão e amizade ao nível global.

Nota Pastoral para a Semana Educação Cristã

«Construtores do Futuro como Peregrinos de Esperança»

Educação e Esperança são como que os dois pés do caminhar da humanidade. Educar é preparar o coração para a esperança, é abrir ao amanhã, avizinhar-nos do futuro, sendo que ela precisa de ser aprendida, pois é grande o risco de a noite tomar conta do olhar.

Quem educa, é “construtor do agora e do futuro como peregrino da esperança”. Habitamos o agora, mas certos de onde vimos e para onde caminhamos.

“A esperança não confunde!”, como recorda o Papa Francisco, retomando o que diz São Paulo na Carta aos Romanos, na Bula de proclamação do ano jubilar que toda a Igreja celebrará em 2025. Sob o lema da esperança, o Papa dirige-se aos homens de todo o mundo, convocando-os para serem “peregrinos da esperança”.

Esta circunstância proporciona motivos particularmente significativos e inspiradores, num contexto de celebração desta semana, enquanto tempo de escuta, planificação e compromisso: a fragilidade e o erro não nos prendem o caminhar, mas devem colocar-nos em atitude de procura, pelo que somos convidados a adotar a atitude de peregrinos, movidos pela(na) Esperança.

A fragilidade e o erro colocam-nos em atitude de procura

Educar é próprio e específico dos humanos que, perante a fragilidade e o erro, querem “conduzir a criança” a novos patamares. É, por isso, um estado de caminhar permanente feito de “erro” e “superação”, que interpela a que não se desista de prosseguir, apesar da sedução da acomodação e da tentação de se bastar com o já obtido.

Neste contexto, a celebração jubilar, a que somos convidados pelo Papa Francisco, é motivo particularmente fecundo e oportuno para a renovação do olhar sobre a Educação, onde “errar” não pode ser sinónimo de se tornar “errante”.

Àquele que erra, que cai no erro, deve ser dada uma nova oportunidade para que se reencontre, que rejubile de alegria por se sentir amado e perdoado.

Como serão diferentes as nossas escolas, as nossas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), as nossas catequeses, as nossas comunidades educativas se o espírito do ano jubilar as perpassar da certeza de que o amor, com que somos perdoados, permite recomeçar, vez após vez, e superar os medos da novidade do Caminho.

Porque não somos errantes, mas peregrinos!

Adotar a atitude de peregrino

Ser peregrino é muito mais do que percorrer ou atravessar o espaço e o tempo. É habitá-los, sabendo, porém, não ter “aqui morada permanente”. Logo no século II, uma célebre carta de autor desconhecido, dirigida a um “Diogneto”, recordava que “[os cristãos] habitam pátrias próprias, mas como peregrinos: participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros.” (Carta a Diogneto, cap. VI, n.º 3).

Esta condição faz do ser humano um ser “em” e “a” caminho, não como alguém que erra e deriva, sem rumo, mas, pelo contrário, como alguém que tem um horizonte, uma meta. O seu viver é levantar-se e caminhar para o Outro, nos outros.

A condição de peregrino, revestido do essencial, é simbólica e fonte de inspiração eficaz para as nossas comunidades cristãs, para os seus agentes educativos, para a disciplina de EMRC, para a Catequese e para as Escolas Católicas. Em tempos de abundância de intermitentes propostas e caminhos, de (des)encontros entre o relativismo e o fundamentalismo, a imagem do peregrino desafia a que se escolha a perenidade e se consciencialize de que o saber, que se busca, permanece no horizonte como verdade.

Movidos pela(na) Esperança

A esperança não é um vago sentimento de que tudo correrá bem. É, antes, “a confiança em que existem, de forma latente, possibilidades inimagináveis, inclusive nas situações mais desesperadas. Na era da ciência, a autêntica fé é a convicção acérrima de que o futuro se encontra aberto e de que o espera uma culminação incalculável, não só para o ser humano, mas para a totalidade do cosmos” (Haught, John, Ciência e fé: uma introdução). Como recorda Bento XVI, na sua encíclica “Salvos na Esperança”, a “fé é esperança”, explicitando que acreditar é ser tomado pela força da esperança, que não é originada no sujeito, mas ao que este acolhe. A esperança não é fruto de um desejo, não é uma vã ilusão. Sendo o fruto mais visível da fé, ela nasce do que a fé é: “a fé não é só uma inclinação da pessoa para realidades que hão de vir (…). Dá-nos, já agora, algo da realidade esperada, e esta realidade presente constitui para nós uma prova das coisas que ainda não se veem. Ela atrai o futuro para dentro do presente; (…) o presente é tocado pela realidade futura, e assim as coisas futuras derramam-se nas presentes e as presentes nas futuras.” (Bento XVI, Spe Salvi, 7)

A esperança é, por isso, muito mais do que utopia (um desejo de um “não-lugar”), mais do que “pensamento positivo”, é a antecipação, na história, dos sinais do sentido último de toda a realidade. No agora da história, a esperança vê acontecer e sabe que tem motivos para tal, o sentido definitivo, antecipado na vitória de Jesus Cristo sobre a morte.

Enquanto o desespero corrói, a esperança constrói, pois esta nasce de uma vivência não meramente subjetiva, mas objetivamente existente e pessoalmente interiorizada.

Nestes tempos, necessitados de esperança, somos convidados, como cristãos na família, no trabalho, nas comunidades eclesiais e nas escolas, a sermos focos de luz de esperança, sinais de que ela não nasce de cada um, mas habita o coração de cada ser humano, como certeza da vitória da vida sobre a morte, sobre todas as mortes do existir: da morte da ignorância, do erro, da desilusão, da tristeza, da derrota, da insatisfação e da errância…

Como educadores, constituímo-nos como aprendizes do amanhã, construtores do futuro, enquanto peregrinos “da” e “na” esperança, habitando o mundo com atitude de caminhantes, rumo a um horizonte sempre mais adiante e mais de todos.

Maria, invocada como ‘estrela da manhã’ e ‘estrela do mar’, interpela-nos a ser lugares onde brilha, como farol na costa de mar revolto, a autêntica e perene fonte da esperança: Jesus Cristo, o Amor ardente e o Sol nascente que dá vida!

27 de setembro de 2024,

Dia de S. Vicente de Paulo

Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé