Escreve Santo Afonso Maria de Ligório: «A devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós».
Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica: «No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão «contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo e o sangue, conjuntamente com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, Cristo completo». «Esta presença chama-se "real", não a título exclusivo como se as outras presenças não fossem "reais", mas por excelência, porque é substancial, e porque por ela se torna presente Cristo completo, Deus e homem».» 1374
São João Paulo II escreve na Carta Dominicae Cenae: «A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera por nós neste Sacramento do Amor. Não nos mostremos avaros com o nosso tempo para ir encontrar-nos com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e pronta para reparar as grandes culpas e os crimes do mundo. Não cesse nunca a nossa adoração.»
E também na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia: «É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo predilecto (cf. Jo 13, 25), deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Se actualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela «arte da oração», como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação, apoio!», e ainda, «Uma comunidade cristã que queira contemplar melhor o rosto de Cristo, não pode deixar de desenvolver também este aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor.»
Do ponto de vista dos frutos concretos da adoração permanente à Santíssima Eucaristia, o Pe. Patrício Hileman, impulsionador da importância das capelas de adoração perpétua na América Latina, afirma que, além da conversão de grande número de pessoas, “um dos grandes benefícios é a quantidade de vocações sacerdotais que surgem. Há três bispos no México que tinham os seminários fechados e quando começaram com cinco capelas dedicadas à adoração ao Santíssimo Sacramento nas paróquias das suas dioceses, eles foram reabertos. Em Ciudad Juárez – a cidade mais perigosa do mundo – fomos abrir uma capela para a adoração ao Santíssimo Sacramento, num período no qual morriam quarenta pessoas por dia. Depois de três meses da capela estar aberta, os padres do local informaram que mais ninguém havia morrido de forma violenta.”
E nós, comunidade paroquial da Marinha Grande?
Quanto tempo do nosso dia ou da semana passamos em adoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia?
Como é do conhecimento geral, a capela da Garcia está aberta todas as semanas, nas segunda e quinta feira, entre as 18:00 e as 20:00 horas, para adoração silenciosa ao Santíssimo Sacramento e infelizmente tem-se verificado uma muito fraca presença de pessoas nesses momentos.
Arranjamos tantas desculpas para não estarmos presente.
Mas realmente e normalmente são apenas desculpas, pois custa-nos sair do nosso conforto para estarmos um pouco com Jesus no Sacramento da Eucaristia.
Afinal, Ele “só” deu a vida por nós!!!
Joaquim M. Alves