Semana da Vida 2025

Tema principal:

“Amor e Esperança - O que geram na tua Vida?”

A escolha do tema da Semana da Vida 2025 tem por base a esperança, amor e vida, neste Ano Jubilar. A proposta é que os aspetos reveladores e impactantes destas palavras estejam presentes como objeto de reflexão na nossa “peregrinação” ao longo da Semana da Vida 2025.

Cada ano somos convidados a celebrar a Semana da Vida, iniciativa que nos conduz a olharmos a vida como dom e serviço. Em ano Jubilar, como “peregrinos da esperança” celebrarmos a semana da vida é darmos um sentido especial, que nos deve conduzir a um dinamismo de proximidade, onde a ternura de Deus se manifesta como caminho de amor, superando todos os egoísmos, e dando sentido à vida.

Num mundo cheio de fragilidades em que vivemos, somos muitas vezes contagiados por elas, onde o desânimo se instala, o desalento domina o nosso coração e o medo nos invade. Perde-se a alegria da vida, a esperança desabita o nosso cotidiano, caminhamos sem horizontes.

Onde está o verdadeiro sentido da vida?

A família é o lugar privilegiado para redescobrir a beleza da vida enquanto projeto de felicidade, vivido na esperança onde cada um se faz dom aos outros e disponível para aprender o serviço.

É o lugar por excelência para amar e se deixar amar. As famílias, no dizer do Papa Francisco “são um tesouro precioso e não são peças de museu, é através delas que se concretiza o dom no compromisso recíproco, na abertura generosa aos filhos e no serviço à sociedade”.

A Semana da Vida pretende ajudar-nos a todos nós a acalentarmos a esperança de que ancorados no amor de Deus, Ele nos conduz a uma vida que é sonhada, uma vida que se faz e refaz na procura da santidade. Só em caminho, os homens e as mulheres, os idosos e as crianças serão capazes de viver a alegria e o compromisso de fazerem de cada dia uma dádiva de Deus, porque só no amor e na esperança a vida faz sentido.

Vivamos a Semana da Vida como oportunidade que nos é proporcionada para olharmos a vida na sua beleza, mesmo com as dificuldades em que esbarramos, e saibamos erguer o estandarte da esperança, levando a mochila do amor que faz de nós verdadeiros peregrinos.

Jubileu das Vocações celebra-se a 17 de maio com novidades

No âmbito do Ano Santo Jubilar, com a esperança como tema central, a diocese de Leiria-Fátima continuará a celebrar de forma especial o “Jubileu das Vocações”. Este ano, a celebração destina-se a todos os que, ao longo de 2025, completam 1, 25, 50 ou 60 ou mais anos de vocação, seja no matrimónio, no ministério sacerdotal ou na vida consagrada, seja na vida religiosa ou secular.

D. José Ornelas, bispo diocesano, convida todos os casais, sacerdotes, religiosos, religiosas e outros consagrados da diocese a participarem numa celebração jubilar conjunta, que terá lugar no Santuário de Fátima no sábado, 17 de maio de 2025. Este evento visa reforçar a esperança na vivência da vocação, com um convite especial aos que celebram o seu primeiro aniversário vocacional.

Programa

09h00 Acolhimento no Centro Pastoral Paulo VI
09h30 Encontro de apresentação e testemunho
11h00 Eucaristia na Igreja da Santíssima Trindade
13h00 Almoço no refeitório do Centro Pastoral Paulo VI

Inscrições

As inscrições estão abertas até o dia 5 de maio de 2025. Os jubilados podem inscrever-se através das paróquias, preenchendo o convite que está a ser distribuído nas paróquias, ou preenchendo o formulário disponível no link: As inscrições estão abertas até o dia 5 de maio de 2025. Os jubilados podem inscrever-se através das paróquias, preenchendo o convite que está a ser distribuído nas paróquias, ou preenchendo o formulário disponível no link http://l-f.pt/jubvoc.

Cada participante pode ser acompanhado por familiares em todos os momentos do programa, inclusive no almoço, sendo necessário indicá-lo na ficha de inscrição.

O almoço será fornecido pelo Santuário, mediante inscrição e pagamento prévios, com envio do comprovativo para o e-mail cepadi@leiria-fatima.pt, juntamente com o nome dos jubilados. O pagamento pode ser efetuado:

  • Junto da Paróquia

  • No Seminário – CEPADI

  • Por transferência bancária para o IBAN: PT50 0010 0000 41169940001 64 (envio do comprovativo de pagamento para o e-mail acima indicado).

Este ano, solicita-se uma colaboração especial das paróquias no recebimento dos pagamentos, facilitando a inscrição dos seus paroquianos.

Para mais informações ou esclarecimentos, os interessados podem contactar o endereço de e-mail pastoralfamiliar@leiriafatima.pt ou o número de telefone 918 206 571 (Ana Gordalina – SDPF).

Actividade para as Famílias na Semana de Oração pelas Vocações 2025

 🌳 Árvore da Esperança e da Vocação 🌳

Material necessário:

  • Cartolina ou papel kraft grande

  • Canetas coloridas

  • Folhas de papel recortadas em formato de folhas de árvore (ou post-its verdes)

  • Cola ou fita adesiva

Passo a passo:

  1. Desenhar a árvore: No centro da cartolina, desenhem uma grande árvore com um tronco robusto e vários galhos. O tronco pode simbolizar a fé e os valores da família (entreajuda, partilha, etc), que sustentam as vocações e a esperança.

  2. Escrever os talentos e sonhos: Cada membro da família escreve numa folha de papel (ou no post-it):

    • Dois talentos que possui ou coisas que gosta de fazer e que podem ter um impacto positivo nos outros

    • Um sonho que tem para o futuro, relacionado com a sua vocação

  3. Esperança: Além dos talentos e sonhos, cada um escreve noutra folha algo que o motive a seguir em frente, mesmo nos momentos difíceis. Pode ser uma frase de incentivo, um versículo bíblico, um valor familiar ou um pensamento inspirador…

  4. Montagem da árvore: Todos colam as suas folhas nos galhos da árvore. Assim, ela vai ganhando vida e tornando-se sinal de como a esperança impulsiona cada um a viver a sua vocação.

  5. Reflexão em família: Para finalizar, podem conversar sobre como a esperança nos ajuda a acreditar no futuro e a seguir a nossa vocação, mesmo quando enfrentamos desafios.

Mensagem final:
"Assim como uma árvore cresce com raízes fortes e galhos que se estendem até ao céu, a nossa vocação cresce quando alimentamos a esperança e usamos os nossos talentos e dons para fazer o bem."

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O LXII DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Peregrinos de esperança: o dom da vida

Queridos irmãos e irmãs!

Neste LXII Dia Mundial de Oração pelas Vocações, desejo dirigir-vos um alegre e encorajador convite a serdes peregrinos de esperança, doando generosamente a vida.

A vocação é um dom precioso que Deus semeia nos corações, uma chamada a sair de si mesmo para trilhar um caminho de amor e serviço. E cada vocação na Igreja – seja laical, seja ao ministério ordenado, seja à vida consagrada – é sinal da esperança que Deus nutre pelo mundo e por cada um dos seus filhos.

Neste nosso tempo, muitos jovens sentem-se perdidos face ao futuro. Frequentemente vivem na incerteza quanto às perspetivas de emprego e, lá no fundo, experimentam uma crise de identidade que é uma crise de sentido e de valores, que a confusão digital torna ainda mais difícil de atravessar. A injustiça para com os fracos e os pobres, a indiferença do bem-estar egoísta e a violência da guerra ameaçam os projetos de vida boa que cultivam no seu íntimo. Contudo, o Senhor, que conhece o coração do homem, não nos abandona na insegurança; pelo contrário, quer suscitar em cada um a consciência de ser amado, chamado e enviado como peregrino de esperança.

Por isso, nós, membros adultos da Igreja, especialmente os pastores, somos convidados a acolher, discernir e acompanhar o caminho vocacional das novas gerações. E vós, jovens, sois chamados a ser nele protagonistas, ou melhor, coprotagonistas com o Espírito Santo, que suscita em vós o desejo de fazer da vida um dom de amor.

Acolher o próprio caminho vocacional

Queridos jovens, «a vossa vida não é “entretanto”; vós sois o agora de Deus» (Exort. ap. pós sinodal Christus vivit, 178). É necessário tomar consciência de que o dom da vida exige uma resposta generosa e fiel. Olhai para os jovens santos e beatos que responderam com alegria à chamada do Senhor: Santa Rosa de Lima, São Domingos Sávio, Santa Teresa do Menino Jesus, São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, os Beatos – que em breve serão Santos – Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, e muitos outros. Cada um deles viveu a vocação como um caminho para a felicidade plena, na relação com Jesus vivo. Quando escutamos a sua palavra, o nosso coração arde (cf. Lc 24, 32) e sentimos o desejo de consagrar a vida a Deus! Desejamos, por isso, descobrir de que modo, em que forma de vida é possível retribuir o amor que Ele primeiro nos dá.

Toda a vocação, sentida na profundidade do coração, faz germinar uma resposta como impulso interior ao amor e ao serviço, como fonte de esperança e caridade e não como busca de autoafirmação. Vocação e esperança entrelaçam-se, portanto, no projeto divino pela alegria de cada homem e mulher, todos eles chamados em primeira pessoa a oferecer a sua vida pelos outros (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 268). São muitos os jovens que procuram conhecer o caminho que Deus os chama a percorrer: alguns constatam – muitas vezes com surpresa – a vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada; outros descobrem a beleza da chamada ao matrimónio e à vida familiar, bem como ao empenho pelo bem comum e ao testemunho da fé entre colegas e amigos.

Toda a vocação é animada pela esperança, que se traduz em confiança na Providência. Com efeito, para o cristão, ter esperança é mais do que um simples otimismo humano: é antes uma certeza enraizada na fé em Deus, que age na história de cada pessoa. E, deste modo, a vocação amadurece através do compromisso quotidiano de fidelidade ao Evangelho, na oração, no discernimento e no serviço.

Queridos jovens, a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários.

Discernir o próprio caminho vocacional

A descoberta da própria vocação passa por um caminho de discernimento. Este percurso nunca é solitário, mas desenvolve-se no seio da comunidade cristã e com ela.

O mundo, queridos jovens, induz-vos a fazer escolhas precipitadas e a encher os dias de barulho, impedindo a experiência de um silêncio aberto a Deus, que fala ao coração. Tende a coragem de parar, de escutar dentro de vós e de perguntar a Deus o que Ele sonha para vós. O silêncio da oração é indispensável para “interpretar” a chamada de Deus na própria história e para dar uma resposta livre e consciente.

O recolhimento permite compreender que todos podemos ser peregrinos de esperança se fizermos da nossa vida um dom, especialmente ao serviço daqueles que habitam as periferias materiais e existenciais do mundo. Quem se põe a escutar Deus que chama não pode ignorar o grito de tantos irmãos e irmãs que se sentem excluídos, feridos e abandonados. Cada vocação abre para a missão de ser presença de Cristo onde mais se sente necessidade de luz e consolação. Em particular, os fiéis leigos são chamados a ser “sal, luz e fermento” do Reino de Deus, através do empenho social e profissional.

Acompanhar o caminho vocacional

Nesse horizonte, os agentes pastorais e vocacionais, especialmente os conselheiros espirituais, não tenham medo de acompanhar os jovens com a esperançosa e paciente confiança da pedagogia divina. Trata-se de ser para eles pessoas capazes de escuta e respeitoso acolhimento; pessoas em quem podem confiar, guias sábios, disponíveis para os ajudar e atentos a reconhecer os sinais de Deus no seu caminho.

Exorto, portanto, a que se promova o cuidado da vocação cristã nos vários campos da vida e da atividade humana, favorecendo a abertura espiritual de cada pessoa à voz de Deus. Para este fim, é importante que os itinerários educativos e pastorais contemplem espaços adequados para o acompanhamento das vocações.

A Igreja precisa de pastores, religiosos, missionários e esposos que, com confiança e esperança, saibam dizer “sim” ao Senhor. A vocação nunca é um tesouro que fica fechado no coração, mas cresce e fortalece-se na comunidade que crê, ama e espera. E como ninguém pode responder sozinho à chamada de Deus, todos temos necessidade da oração e do apoio dos nossos irmãos e irmãs.

Caríssimos, a Igreja é viva e fecunda quando gera novas vocações. E o mundo, muitas vezes inconscientemente, procura testemunhas de esperança que anunciem com a vida que seguir Cristo é fonte de alegria. Por isso, não nos cansemos de pedir ao Senhor novos operários para a sua messe, certos de que Ele continua a chamar com amor. Queridos jovens, confio o vosso seguimento de Jesus à intercessão de Maria, Mãe da Igreja e das vocações. Caminhai sempre como peregrinos de esperança no caminho do Evangelho! Acompanho-vos com a minha bênção e peço-vos que rezeis por mim.

Roma, Hospital Gemelli, 19 de março de 2025.

FRANCISCO

 

SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES 2025

NOTA PASTORAL

Chamados à Esperança

No contexto deste ano jubilar que nos é concedido viver e contando com o atraso da Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que desta vez não aconteceu, a Comissão Episcopal Vocações e Ministérios avançou com o lema "Chamados à Esperança ".

Uma antecipação que apenas pretende uma temática unificadora e uma moldura concentradora, para quem prepara os subsídios, este ano o Secretariado das Vocações da Diocese do Porto a quem muito agradecemos, nesta ajuda tão diversificada e original.

"Chamados" traduz um alvo plural de chamamentos, que inclui a vocação laical, ao ministério ordenado e à vida consagrada, que não esquece ninguém, tendo como ponto de partida o dom da vida. Todos somos chamados à Esperança, que não se traduz numa ideia, numa virtude ou num sentimento de otimismo, mas no encontro com uma pessoa que é Jesus Cristo. Simultaneamente, estamos chamados a ser chamadores de Esperança num palco comum, onde nos situamos como público e como atores, que o Papa Francisco traduz por Peregrinos de Esperança. A mensagem que nos enviou tem como título "Peregrinos de Esperança: o dom da vida".

Neste caminho de Esperança aponta três suportes geradores de vocações: acolher, discernir e acompanhar.

Acolher não apenas quem procura ou bate à porta, mas percorrer a aventura de propor e sair à procura de quem possa acolher. Despertar, cativar, com processos novos e atrativos, junto de corações concretos e reais, tantas vezes desorientados, dispersos e vazios.

Discernir, num tempo de confusão, as respostas que vão surgindo, mesmo aquelas que estão para além dos formatos conhecidos e que abrem novos desafios. Afinar e purificar à luz do Espírito Santo, sempre mais sábio que a pressa das necessidades e das receitas laboratoriais.

Acompanhar com paciência, a parente da esperança, sem anular a diversidade dos dons e das potencialidades que promovem a vida como um serviço. Um caminho construído com os outros, em Igreja, em comunhão, onde o protagonismo vai para o todo e não para o individual.

"Chamados à Esperança", um lema que reforça a proposta do Papa Francisco — "Peregrinos de Esperança: o dom da vida" —, para preparar o 62° Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

De 4 a 11 de maio sintamo-nos todos como público e atores de vocações.

Que Maria, a Mãe da confiança, defenda todos os chamados e os transforme em chamadores, para que sejamos peregrinos de esperança, rostos de ânimo, coragem e entusiasmo.

No caminho das vocações, confiamos em Maria e em Jesus, a nossa Esperança e o nosso futuro.

+ Vitorino Soares, Presidente da CEVM

Morreu o Papa Francisco!

Rezo por ele hoje, como rezei todos os dias do seu pontificado.

Era um homem bom, acredito firmemente que imbuído sempre do enorme desejo de servir a Cristo, servindo os homens em Igreja.
Foi o “meu” Papa como todos os anteriores foram os “meus” Papas.
Em algumas coisas não estive de acordo com ele, mas duas coisas sempre falaram mais alto, para que eu curvasse a cabeça e obedecesse: Porque era o Bispo de Roma escolhido para liderar a Igreja, servindo a Deus, servindo os homens e, em segundo lugar, pela simples constatação de que eu não sou nada, nem ninguém, para colocar em causa as suas decisões, a sua obra.

O que sempre me tocou nele foi a proximidade às pessoas e a nítida vontade de querer edificar uma Igreja para todos aqueles que a quisessem procurar em verdade.

E isso faz-me sempre lembrar, sem dúvida, as primeiras comunidades cristãs que se amavam entre eles, mas amavam também aqueles que ainda procuravam Jesus Cristo com sinceridade de coração.
Era eu ainda bastante novo e pouco consciente das coisas da Igreja, quando aconteceu o Concilio Vaticano II, mas já nesse tempo algumas coisas não foram entendidas como deveriam ser, por muita gente.
O tempo, guiado pelo Espírito Santo, se encarregou de conduzir as reformas de modo a construir uma Igreja mais fraterna e actual.
E é exactamente nisso que acredito que o Espírito Santo fará com a obra do Papa Francisco
Deus lhe dê o descanso no eterno amor de Deus que ele tanto, com certeza, merece.

Joaquim Mexia Alves

Proposta de Oração pelo Papa Francisco

A Rede Mundial de Oração do Papa propõe a seguinte oração neste tempo de luto

Rezem por mim…
Mais uma vez ressoa o teu simples pedido,
querido Papa Francisco…
Rezamos por ti, que já repousas no abraço eterno do Pai.

Rezem por mim…
E nós elevamos o coração ao Senhor e dizemos:
OBRIGADO! pela tua vida entregue…
Porque, como nos ensinaste:
“se somos portadores de gratidão, o mundo também se torna melhor”.

Rezem por mim…
E sentimos-nos convidados a acolher com alegria o teu legado à Rede Mundial de ORAÇÃO…
Porque, como nos dizias:
“a oração é o nosso coração e a nossa voz”.

Rezem por mim…
E renovamos o nosso desejo de viver a FRATERNIDADE…
Porque nos mostraste com clareza que “quem reza nunca deixa o mundo para trás”.

Rezem por mim…
E queremos colaborar na missão de COMPAIXÃO…
Porque, como aprendemos no Evangelho,
“quem não ama o irmão, não reza de verdade.”

Rezem por mim…
E sentimos-nos FILHOS DE UM MESMO PAI…
Porque, como tantas vezes sublinhaste,
“somos filhos do amor, somos irmãos do amor.
Somos homens e mulheres da graça”.

Rezem por mim…
E comprometemo-nos a ser uma IGREJA SINODAL…
Queremos “ser uma Igreja que escuta”…
Porque também para nós
“a participação de todos é um compromisso eclesial irrenunciável.”

Obrigado, Papa Francisco!
Hoje e sempre rezamos por si.
Descanse em paz.
Amém.

Nota de pesar de D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima

Em comunhão com toda a Igreja, a Diocese de Leiria-Fátima recebeu com profunda comoção a notícia do falecimento do Santo Padre, o Papa Francisco. Nesta hora marcada pela dor da separação, somos consolados pela esperança pascal que celebramos neste tempo litúrgico: a certeza de que a morte não tem a última palavra, mas é passagem para a vida plena em Deus.

O Papa Francisco foi, ao longo do seu pontificado, verdadeiro sinal do amor de Cristo, vivendo o seu ministério como servo humilde e próximo, sempre atento aos que sofrem, aos mais pobres e esquecidos, e guiando a Igreja com sabedoria, firmeza e ternura. No seu modo simples e profundamente evangélico de ser, foi para todos uma presença do Bom Pastor — um verdadeiro alter Christus, outro Cristo — entre nós.

O Papa Francisco foi também homem de abrir caminhos dentro da Igreja e de iniciar processos. Não procurou respostas fáceis nem soluções imediatas, mas lançou a Igreja num dinamismo de escuta, discernimento e conversão. O caminho sinodal que promoveu é expressão clara desta visão: não se trata, como ele próprio afirmou, de um discurso sobre a Igreja, mas de um caminho da Igreja e em Igreja, que faz parte da sua missão. A celebração do Jubileu, centrada no tema da Esperança, ganha por isso um significado especial neste momento: o Papa ajudou-nos a reencontrar a esperança que nasce do Evangelho vivido e partilhado.

Entre tantos ensinamentos e gestos, deixa-nos uma herança simples e exigente: que continuemos o caminho. É este o apelo que ressoa com particular força no coração da Igreja neste tempo pascal, em que celebramos a vitória da vida sobre a morte. É profundamente simbólico que o Papa Francisco tenha partido para o Pai na primeira segunda-feira da Páscoa — o dia em que começa este tempo novo, este caminho pascal, esta verdadeira passagem.

A Diocese de Leiria-Fátima guarda com particular afecto a relação que o Papa Francisco manteve com o santuário de Fátima. Visitou a Cova da Iria por ocasião do centenário das aparições, confiando ali o seu ministério à Virgem Maria e reconhecendo, na mensagem de Fátima, um apelo sempre actual à conversão, à oração e à paz. Foi também sob o seu pontificado que foram canonizados os santos Francisco e Jacinta Marto, modelo de entrega e santidade para toda a Igreja.

Nesta hora, confiamos o Papa Francisco à misericórdia do Pai e à intercessão da Virgem de Fátima, a quem tanto amou. Que o Ressuscitado, cuja presença anunciava com fé e coragem, o acolha na alegria eterna do Reino. E que a Igreja continue o caminho que ele nos ajudou a traçar, com fidelidade ao Evangelho, abertura ao Espírito Santo e generosidade no serviço ao mundo.

Leiria, 21 de abril de 2025

† José Ornelas Carvalho
Bispo de Leiria-Fátima

Mensagem para o Dia da Mãe da Comissão Episcopal do Laicado e Família

DIA DA MÃE – ELEVAR O CORAÇÃO

O Dia da Mãe deve, necessariamente, situar-nos no projeto do Ano Santo. Com a Igreja universal, queremos ser peregrinos de esperança. Sempre imbuídos de uma espiritualidade sinodal, desejamos que a vida, em todas as suas dimensões, se torne uma verdadeira peregrinação.

Despedimo-nos com profunda gratidão, nestes dias, do Papa Francisco. Com a nossa oração e comunhão acompanhámo-lo no seu peregrinar para a Casa de Deus Pai, ao encontro do regaço de Maria, nossa Mãe, a quem sempre amou.

O Papa Francisco, a partir da sua própria experiência, ensinou-nos que a mãe é aquela que, quotidianamente, e para com todos, vive uma proximidade marcada por “elevar o coração”, sempre e de modo igual para todos. Não precisa de ser uma supermulher, desejando tudo fazer, nem pretender dar aos filhos o prazer das coisas materiais, viagens e afins. Sabe que erra, mas ousa pedir desculpa, sem medo nem ressentimentos. Oferece abraços e ternura – tudo coisas importantes e essenciais. Mas a mãe é, sobretudo, a heroína que eleva o coração do marido, dos filhos, dos netos, hoje, amanhã e sempre, nos momentos de alegria, assim como na angústia e na tempestade. A força do seu coração chega a todos, impercetivelmente ou com gestos, silenciosamente ou com palavras.

Neste dia, mas com repercussões para toda a vida, procuremos manifestar gratidão pelo amor materno e asseguremos às nossas mães, vivas ou falecidas, que, com elas, aprendemos e que, também nós, iremos trabalhar esta arte de elevar o coração. O Papa Francisco, na sua quarta encíclica, Dilexit Nos, sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus, não deixa dúvidas: “Neste mundo líquido, é necessário voltar ao coração; indicar onde cada pessoa, de qualquer classe e condição, faz a própria síntese; onde os seres concretos encontram a fonte e a raiz de todas as suas outras potências, convicções, paixões e escolhas. Movemo-nos, porém, em sociedades de consumidores em série, preocupados só com o agora e dominados pelos ritmos e ruídos da tecnologia, sem muita paciência para os processos que a interioridade exige.

Às mães maltratadas ou desprezadas, às que perderam um filho, às que vivem sem aconchego, às que sentem a solidão – seja na velhice ou até mesmo na juventude –, às cansadas e sem amparo, saibamos mostrar-lhes que todo o seu empenho em elevar o coração não ficará sem recompensa.

Peregrinos de esperança, ousemos, na família, manifestar que “a coisa no mundo mais parecida com os olhos de Deus são as mães”, como reflete o Cardeal Tolentino Mendonça. Elas veem e amam como Deus. E, tal como elas, na proximidade das nossas vidas, também desejamos elevar o coração dos outros. Neste mundo, e neste tempo de insensibilidade, aproveitemos o Dia da Mãe para parar. Parar para pensar e reconhecer que a esperança acontece quando a semeamos, intuindo as inspirações do coração nas nossas relações com os outros, numa verdadeira abrangência universal, mas, sobretudo, nos circuitos da vida familiar.

Neste Ano Jubilar, não peregrinaremos às Igrejas Jubilares só e apenas com o intuito de lucrar a indulgência. Como peregrinos de esperança, somos convidados a penetrar em todos os âmbitos existenciais. A peregrinação, mais do que um deslocamento exterior, deve tornar-se um movimento interior, um renovar contínuo da fé, da entrega e do compromisso.

A família é o espaço privilegiado para sentir e vivenciar as mais variadas interpelações. Ela é, na verdade, o primeiro campo onde cada membro se deve tornar um cultivador diligente desta semente da esperança.

A esperança não surge como algo adquirido; precisa de ambientes favoráveis. Não devemos ser pessimistas nem alarmistas, mas sabemos, tantas vezes por experiência pessoal, que, em muitos espaços familiares, a esperança não é cultivada e, muito menos, oferecida. Aí, todos os seus membros são chamados, sempre, mas particularmente neste ano, a serem “cultivadores diligentes da semente do Evangelho”, de modo a fermentar quotidianamente a humanidade. Na verdade, não basta desejar um mundo melhor; é preciso começar pelo nosso próprio lar, fazendo dele um lugar onde a esperança possa florescer.

Obrigado, mães. Convosco, viveremos a proximidade cristã, ajudando, sempre, a elevar o coração.

A vida é sempre um bem. Iniciar processos para uma Pastoral da Vida Humana

No dia  25 de março de 2025, celebrou-se o 30º aniversário da Carta Encíclica Evangelium vitae e, nessa ocasião, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida publicou um subsídio sobre como iniciar processos eclesiais para promover uma Pastoral da Vida humana, a fim de defendê-la, protegê-la e promovê-la nos diversos contextos geográficos e culturais, num tempo de gravíssimas violações da dignidade do ser humano.

24 de março de 2025 - “A vida é sempre um bem” (Evangelium vitae, 31) e como tal deve ser apresentada, preservada e valorizada em todas as circunstâncias”.São as palavras do cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, na introdução do subsídio, intitulado A Vida é sempre um bem. Iniciar processos para uma Pastoral da Vida humana, lançado hoje na ocasiãoo dos trinta anos da Encíclica Evangelium vitae.

Na Apresentação, o cardeal Kevin Farrell escreve: « Nesta época de gravíssimas violações da dignidade do ser humano, em muitos países atormentados por guerras e todo tipo de violência (especialmente contra mulheres, crianças – antes e depois do nascimento –, adolescentes, pessoas com deficiência, idosos, pobres, migrantes) é preciso dar forma a uma verdadeira Pastoral da Vida Humana, a fim de colocar em prática o que também foi reiterado pela recente declaração Dignitas infinita do Dicastério para a Doutrina da Fé: “Uma dignidade infinita, inalienavelmente fundada no seu próprio ser, é inerente a cada pessoa humana, para além de toda circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre.” (nº 1). Por isso, a vida de cada homem e cada mulher deve ser sempre respeitada, preservada e defendida. Este princípio, que é reconhecível também pela pura razão, deve ser colocado em prática em todos os países, em todas as aldeias, em todas as casas ».

O subsídio é fruto de um diálogo constante com os bispos: “Os principais destinatários deste subsídio pastoral são os bispos, que, nas frequentes Visitas ad limina à Santa Sé, sempre reafirmaram a urgência de um impulso para proteger e promover a vida e a dignidade de cada pessoa humana”, comentou Mons. Dario Gervasi, Secretário Adjunto do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Em um webinar organizado pelo Dicastério em 2024 com os responsáveis pelos departamentos para a Família e a Vida das conferências episcopais do mundo inteiro, teve início um processo comum de desenvolvimento da pastoral da vida humana, à luz dos recentes impulsos dados pelo documento Dignitas infinita.

A serviço desse processo, o subsídio apresenta uma proposta que sugere, ainda, como aplicar o método sinodal do discernimento no Espírito aos numerosos temas relacionados à vida humana e às formas de protegê-la, promovê-la e defendê-la nos diversos contextos geográficos e culturais. “Por meio de um diálogo comum”, continua Dom Gervasi, “queremos apoiar o caminho de cada diocese para poder investir os recursos necessários numa formação mais eficaz dos leigos e aumentar a conscientização das novas gerações para o valor da vida humana.”

O volume, publicado hoje, está disponível gratuitamente no site do Dicastério e propõe um método atualizado para animar a pastoral da vida de maneira abrangente nas diversas dioceses do mundo. Para tanto, o Dicastério deseja que cada bispo, sacerdote, religioso, religiosa e leigo leia o subsídio e se empenhe no desenvolvimento de uma Pastoral da Vida humana orgânica e estruturada, capaz de formar adequadamente agentes pastorais, educadores, professores, pais, jovens e crianças para o respeito ao valor de toda a vida humana.

Pode fazer o download do texto aqui