Este fim de semana a Liturgia permite escolher um trecho do Evangelho diferente, dada a Solenidade da Ascensão. Nalguns países é celebrada na Quinta-feira, em Portugal passa para o Domingo seguinte, pelo que esta semana os nossos jovens reflectiram no texto da primeira escolha Jo 14, 23-29, e na missa ouviremos Jo 17, 20-26
Jesus começa por falar na importância que a Sua palavra deve ter para os discípulos, para aqueles que o querem seguir. Se amamos verdadeiramente Jesus, amamos também os Seus ensinamentos, moldamos a nossa vida pela palavra e estamos em sintonia com a vontade do Pai que O enviou, e de quem Jesus dá testemunho. Por isso Jesus faz esta promessa: “nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada”. Fazer morada é o oposto de estar de passagem, “fazer morada “é uma belíssima expressão que transmite proximidade, estabilidade e segurança. Uma imagem do amor de Deus por nós.
Jesus, prestes a voltar para o Pai, tem palavras de conforto e esperança para os discípulos, que naturalmente, se sentirão confusos e inquietos. Ele promete o Espírito Santo que os fortalecerá e iluminará, ajudando-os a compreender tudo o que Jesus já havia ensinado.
Deixa-lhes ainda a Sua paz. Não a Paz que o mundo conhece. A paz, aos olhos do mundo, é prosperidade, tranquilidade, é ausência de dificuldades.
Jesus nunca prometeu facilidades para quem o quer seguir, por isso a paz que Jesus nos oferece é fruto da confiança no Amor do Pai, mesmo no meio dos maiores desafios ou tribulações.
Um discípulo de Jesus deve então ter um coração cheio de paz e esperança.
Precisamos, pois, de oração, de estar unidos a Ele.
Precisamos de meditar e de ter sempre presente os ensinamentos de Jesus, precisamos também de pedir a força do Espírito Santo. Tudo isso nos permitirá ter um coração pacificado que expulsa as inquietações e os medos. Um coração que não vive intimidado nem anestesiado pelo sofrimento que vemos ou experienciamos neste mundo. Aprendendo com Jesus também transmitiremos conforto e paz à nossa volta, pois a Palavra de Jesus tem força e age em nós.
Isabel Mendes