Alteração à vida Paroquial no novo confinamento

Dada a actual situação da luta contra a Covid 19 e seguindo as indicações da Conferência Episcopal Portuguesa, suspendemos as celebrações presenciais.

A catequese estava já em regime digital e assim permanecerá até indicação em contrário.

No Sábado 23 de Janeiro já não haverá
celebração presencial.

Ao Domingo mantém-se a celebração online às 11h00 (sem povo) no Youtube e Facebook.

De Segunda  a Sexta celebração online às 19h00 no Youtube.

As intenções de missa mantêm-se durante a semana, a marcação pode ser feita em
www.paroquiadamarinhagrande.pt ou por telefone.

O atendimento de Cartório e outros assuntos devem ser tratados por marcação como anunciado.

Mensagem de Natal 2020 do nosso Bispo, Cardeal D. António Marto

O Natal da fragilidade e da fraternidade

O Natal é um dos momentos mais belos do ano, da vida familiar e social e até universal. Mesmo os não crentes podem sentir nesta celebração cristã algo de fascinante, algo que toca o íntimo, um encanto especial que faz aflorar os mais belos e profundos sentimentos. De facto evoca recordações de ternura e bondade suscita a atenção para os valores humanos fundamentais: o dom da vida, a família, a paz, a gratuidade e solidariedade.

Este ano paira sobre esta festa a sombra da pandemia que nos deixa abatidos, ansiosos, com medo, desolados e entristece os nossos corações. Impõe-nos viver o Natal de modo diferente, mais simples e sóbrio. Devemos respeitar as exigências e recomendações sanitárias mesmo adaptando horários compatíveis com o recolher obrigatório. Porém, o vírus não pode extinguir o amor, a esperança e a alegria natalícias. Não renunciaremos às celebrações da fé próprias do Natal.

 

“O Coração do Natal”: Deus na fragilidade da nossa carne

A atual situação é também um apelo a recuperar a verdade do Natal na sua autenticidade e no seu significadotantas vezes ofuscados pelo consumismo e pela festa exterior. Não podemos esquecer o cenário deste momento que traz consigo dificuldades e feridas pessoais, familiares e sociais e que vamos celebrar o Natal dentro de uma experiência de fragilidade. Mais necessidade temos de viver a espiritualidade própria que nos ajude a superar esta pandemia.

Não nos limitamos a comemorar o aniversário do nascimento de Jesus. Celebramos um mistério sempre atual: o mistério de Deus que se fez homem, carne humana, para ser e permanecer Deus connosco. Celebramos um ato de Deus totalmente inesperado: Deus faz-se menino indefeso como quem estende os seus ternos braços para abraçar a todos. Naquele menino torna-se tão próximo de cada um de nós que podemos tratá-lo por tu e manter com ele uma relação de profundo afeto. Naquele menino manifesta-se Deus Amor. Vem habitar a nossa pobreza e fragilidade para partilhar o seu amor, a sua luz, esperança e paz. Deus ama-nos como somos.

Eis porque temos necessidade de celebrar o “coração do Natal”, de lhe dar mais lugar na nossa vida. “Deus vem no meio da pandemia, pega na nossa mão, muda o nosso coração e envia-nos a mudar a situação” (Mensagem da CEP). Quem tem fé nunca está só. E a fé não nos tira os momentos difíceis mas dá-nos a força necessária para os enfrentar sabendo que não estamos sós. Ele é a nossa força.

Não será este tempo propício para nos interrogarmos se abrimos o nosso coração a Deus que vem ao nosso encontro em Jesus? Conhecemos de verdade a Jesus e o seu Evangelho? Seguimo-lo de perto? Comungamos com Ele intimamente, na Eucaristia, as nossas alegrias e dores?

 

A mística da fraternidade: cuidar do irmão

Um dos aspetos mais belos do Natal é a fraternidade universal em Cristo. Revela que todos somos filhos do mesmo Pai e todos irmãos. Por isso, o Natal cristão deve ser celebração do amor fraterno. “Esta pandemia... amadureceu em nós a exigência duma nova fraternidade, capaz de ajuda recíproca e estima mútua. Este é um tempo favorável para «voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo (...)”. Nunca como agora faz tanto sentido falar de fraternidade e amizade social porque todos nos damos conta de que ninguém se salva sozinho. Se a pandemia nos faz sentir irmãos na dor, não podemos deixar de sentir a necessidade de nos tornar irmãos no amor.

O Papa Francisco chama-nos a viver a fraternidade como uma verdadeira mística para reconstruir o mundo dividido por muros de toda a espécie: “a mística de viver juntos, misturarmo-nos, encontrarmo-nos, darmos o braço, apoiarmo-nos... Sair de si mesmo para se unir aos outros faz bem” (EG 87). Para realizar isto, convida-nos a tomar consciência de que “os cristãos não podemos esconder que, se a música do Evangelho deixa de vibrar nas nossas entranhas, teremos perdido a alegria que brota da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade de reconciliação... Para nós este manancial de dignidade humana e de fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo” (FT 277).

Aqui vemos manifesta “a vocação a formar uma comunidade composta por irmãos que se acolhem reciprocamente, cuidando uns dos outros” (FT 96). Sim, o sonho de Deus é que aprendamos a cuidar do irmão sobretudo do mais vulnerável ao jeito de Jesus, Bom Samaritano. Assim, a celebração do Natal não permite que passemos ao lado, indiferentes à pobreza, ao abandono dos idosos ou sós, dos migrantes, dos sem abrigo, dos descartados.

Devemos pois interrogar-nos: “Como podemos nós (como posso eu) oferecer conforto, consolação, apoio, ajuda, partilha, solidariedade, alívio ao sofrimento dos mais frágeis, pobres, marginalizados e necessitados?

 

Um gesto de solidariedade: estender a mão

À interrogação anterior, o Papa Francisco responde com uma expressão sugestiva, interpeladora e inspiradora: “estende a tua mão ao pobre” (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres). Estender a mão, antes de mais, como sinal de afeto, porque a maior pobreza é a falta de ser amado e a incapacidade de amar. Implica também que seja um gesto que dá apoio e sentido à vida. O Papa especifica: “Estender a mão é um sinal: um sinal que evoca imediatamente a proximidade, a solidariedade, o amor. Nestes meses, em que o mundo inteiro foi dominado por um vírus que trouxe dor e morte, desconforto e perplexidade, pudemos ver tantas mãos estendidas”! De seguida enumera muitas dessas mãos estendidas: dos profissionais de saúde, dos responsáveis dos serviços administrativos, dos voluntários, dos sacerdotes, dos homens e mulheres que garantem os serviços essenciais e de segurança, e tantos outros que assumem os pesos dos mais frágeis e vulneráveis. 

Cada um ou cada comunidade procurará identificar uma ação concreta de partilha e solidariedade a realizar neste Natal. O Papa Francisco, recentemente, sugeriu o seguinte: “No tempo de Natal, muita gente pergunta-se: O que posso comprar? Que mais quero ter? Digamos outra palavra, “o que posso dar aos outros?”, para ser como Jesus que se deu a si mesmo e nasceu precisamente naquele presépio”.

Neste sentido, apelo vivamente à participação na iniciativa de solidariedade de Natal “10 milhões de estrelas – um gesto pela paz”, promovida pela Cáritas Nacional e levada a cabo pela nossa Cáritas Diocesana. Cada vela custa dois euros. Do total das verbas recolhidas 65% destinam-se à Cáritas Diocesana no seu trabalho de apoio às pessoas necessitadas. Os restantes 35% são canalizados para o apoio às vítimas da pandemia provocada pela propagação do vírus da Covid-19, concretamente os que estão a sofrer o impacto social desta crise, através do programa “Inverter a Curva da Pobreza em Portugal”.

Na atual situação tem aumentado o número de pessoas carenciadas a bater à porta da nossa Cáritas. Apelo, pois, à vossa generosidade tendo presente a palavra de Jesus “há mais alegria em dar do que em receber”. Ouçamos o grito dos nossos irmãos necessitados.

Não Haverá Natal?

Para terminar deixo à vossa meditação um belo texto de um pároco de Pamplona que ilumina a vivência deste Natal em tempo de pandemia:

NÃO HAVERÁ NATAL?

Claro que sim!

Mais silencioso e com mais profundidade,

Mais parecido com o primeiro em que Jesus nasceu em solidão.

Sem muitas luzes na terra,

mas com a da estrela de Belém

fulgurando trilhas de vida na sua imensidão.

Sem cortejos reais colossais,

mas com a humildade de sentir-nos

pastores e servos que buscam a Verdade.

Sem grandes mesas e com amargas ausências,

mas com a presença de um Deus que tudo preencherá.

Não haverá natal?

Claro que sim!

Sem as ruas a transbordar,

mas com o coração aquecido

pelo que está por chegar.

Sem barulhos nem ruídos,

propagandas ou foguetes...

mas vivendo o Mistério, sem medo

do "covid-herodes" que pretende

tirar-nos até o sonho da esperança.

Haverá Natal, porque Deus está ao nosso lado

e partilha, como Cristo no presépio,

a nossa pobreza, provação, pranto, angústia e orfandade.

Haverá Natal porque necessitamos

de uma luz divina no meio de tanta escuridão.

A Covid19 nunca poderá chegar ao coração nem à alma

dos que no céu põem sua esperança e seu maior ideal.

Haverá Natal!

Cantaremos os nossos cantos natalícios!

Deus nascerá e nos trará a liberdade!

A todos os diocesanos faço votos de Feliz e Santo Natal e Ano Novo com a bênção da fraternidade que nos une numa única família humana!

 

Leiria, 17 de dezembro de 2020.

† Cardeal António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

 

Nota do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa

1. Damos graças a Deus que neste Natal de 2020 nos convoca a um encontro mais íntimo e essencial com o Emanuel que veio salvar-nos. Queremos levar até ao presépio principal das nossas igrejas – o altar onde o Verbo encarnado se faz nosso Pão – a oferenda da dor e solidão de tantas famílias que vivem horas de sobressalto ou de luto, a generosidade de tantos homens e mulheres que de muitos modos e nos mais diversos âmbitos se dedicam a aliviar esses sofrimentos, os progressos da investigação científica e da solidariedade humana que fazem acender um farol de esperança no horizonte da família humana.

2. Acolhemos as orientações anunciadas pelas autoridades civis e sanitárias: permitir às famílias algum reencontro e celebração comum das próximas festas do Natal. E fazemos nossa a recomendação que as acompanha: que a alegria da festa e dos encontros familiares seja acompanhada de todas as cautelas, de modo que às festividades não suceda nova vaga de contágios com os consequentes sofrimentos e lutos.

3. O anúncio é auspicioso não apenas para as famílias – Igrejas domésticas – mas também para a grande família eclesial que vê, assim, ampliadas as possibilidades de celebrar em comunidade festas tão marcantes na vida da fé. Congratulamo-nos porque as orientações anunciadas nos permitem celebrar em assembleia não apenas nas manhãs dos dias de Natal, do Domingo da Sagrada Família (27 de dezembro) e da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro), mas também na véspera desses dias festivos e na tarde dos dias de Natal e de Ano Novo.

4. Desde já agradecemos a disponibilidade generosa dos Sacerdotes para proporcionarem aos fiéis ocasiões ampliadas de participação na Liturgia festiva desta quadra, ao mesmo tempo que os exortamos a manter todos os cuidados, conforme as nossas orientações de 8 de maio. Coerentemente, abstenham-se da prática tradicional de dar a imagem do Menino a beijar, substituindo esse gesto de veneração afetuosa por qualquer outro que não implique contacto físico e previna aglomerações.

5. A todos os que se enquadram nas chamadas «situações de risco» e a quantos estão de facto impedidos de participar presencialmente na Eucaristia, convidamo-los a santificar estes dias pela oração e pela caridade, pondo no centro da sua vivência natalícia a fé em Jesus Cristo, Deus que se fez nosso irmão, e o amor ao próximo.

6. Por fim, exortamos todas as famílias cristãs a avivarem a consciência da principal razão de ser destes seus encontros e convívios – o nascimento de Jesus, que introduz a humanidade na Família do próprio Deus, realizando na terra a fraternidade e a paz – e os enriqueçam com algum momento de oração em redor da mesa ou junto ao presépio e, se possível, com a participação conjunta na Eucaristia festiva das suas comunidades.

Fátima, 9 de dezembro de 2020

ALTERAÇÃO AO PROGRAMA PAROQUIAL DOS PRÓXIMOS DIAS

Caros Amigos,

Certamente muitos já saberão, tivemos que alterar o nosso programa previsto.

O padre Rui estava já desde a semana passada em isolamento profilático, tendo agora testado positivo, bem como o diácono Jorge,
O padre Patrício está negativo, mas já todos sabemos o quão traiçoeiro é este vírus, estamos agora os três em isolamento profilático em casa, de acordo com as instruções da nossa Delegada de Saúde.

Queremos que fiquem todos descansados, não há motivo para alarme, os poucos contactos que houve já foram sinalizados e estão todos a ser vigiados.

Cá por casa estão todos bem dispostos e sem sintomas .

Por este motivo, as celebrações e actividades semanais ficam suspensas.

Para o fim de semana estão asseguradas as seguintes celebrações:

Sábado

Celebração da Palavra 16h00 na Igreja Paroquial

Missa -19h00 na Igreja Paroquial

Domingo

Missa em Picassinos 09h30

Missa na Igreja Paroquial e no Pilado às 11h00

Não haverá missa das 19h00 no Domingo.

No dia 07 segunda-feira haverá missa vespertina na Igreja Paroquial às 19h00

No dia 08 haverá missa em Picassinos 09h30 e na Igreja Paroquial 11h00.

Estamos ainda a ajustar o fim de semana 12 e 13. Adiaremos também o Christmas Carols para uma data mais conveniente.

Sabemos que podemos contar com a vossa oração, compreensão e paciência.

Sobre as Celebrações da 1ª Comunhão

 Caros pais e catequistas,

Após as recentes notícias acerca da evolução da situação no nosso distrito e após o comunicado da Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Leiria: “Recomendar à população em geral, e sobretudo às famílias, o cancelamento de todas as actividades que impliquem a acumulação de pessoas, tais como festas familiares e outras, restringindo ao mínimo os contactos sociais”, algumas pessoas manifestaram dúvidas acerca da realização da 1ª Comunhão.

Depois de termos ouvido e recebido as orientações dadas pelos nossos governantes e no seguimento das diretrizes dadas pela hierarquia da Igreja, no que respeita à celebração dos sacramentos, julgamos ser importante prosseguirmos com o calendário das nossas celebrações da primeira comunhão e batismos, bem como, a realização do crisma nas datas previstas.

No que toca à primeira comunhão, reitera-se o pedido de só se sentarem no banco do catequizando que recebe a primeira comunhão, pessoas que coabitem na mesma casa, com a eventual exceção, aberta para os padrinhos dos que vão ser batizados.

A pandemia não conhece limites, não conhece fronteiras e ninguém pode pensar em escapar impune. Somos todos atingidos e envolvidos de modo direito ou indireto.

Tudo temos feito para que as nossas celebrações não sejam um foco de contaminação e propagação da COVID19 (desinfeção dos bancos e mãos, cumprimento do distanciamento social recomendado), no entanto, a fase em que nos encontramos pede-nos sabedoria, clarividência e compromisso comum, para que todos os esforços e sacrifícios feitos até agora não sejam inúteis.

Reforçamos este aspecto que tem levantado várias dúvidas: é-nos permitido ocupar o banco da igreja com quem se partilhe a mesma casa. Essa possibilidade não se estende a familiares ou amigos convidados.

Certos do transtorno que provoca não podermos juntar as nossas famílias como é hábito, queremos, no entanto, focar os nossos esforços no mais importante que é o crescimento dos nossos jovens. Não seria, certamente, bom indício cancelarmos a celebração porque não podemos fazer uma festa em casa.

Do mesmo modo, não havendo perspectivas de melhorias da situação a curto prazo, o cancelamento para data incerta também não nos parece uma opção para estas crianças que têm manifestado o seu empenho e entusiasmo com esta celebração.

Foi, no entanto, a vontade de alguns pais que assim preferiram cancelar a participação dos seus filhos neste momento, até uma altura mais favorável.
Naturalmente que estas celebrações não são obrigatórias e se for vontade dos pais adiarem a termo incerto, poderão fazê-lo (caso prefiram adiar, informem o mais rápido possível o respectivo catequsita).

Estamos certos de que todos, pais, catequistas e nós Equipa Pastoral, estamos preocupados e a trabalhar pelos melhores interesses das nossas crianças, pedimos uma vez mais que tudo possa decorrer com normalidade e no máximo respeito pelas normas e segurança de todos.

Confiemos a nossa paróquia, as nossas famílias à proteção divina e peçamos a intercessão de Nossa Senhora do Rosário para que possamos continuar a viver a nossa fé em Igreja, com este sentido do bem comum e promoção do amor fraterno.

 

Pe. Patrício Oliveira, pároco

Pe. Rui Ruivo, vigário paroquial

Terço dos homens

Caros amigos,

após um longo interregno pensamos que estão reunidas as condições para reiniciarmos o Terço dos Homens. Claro que serão necessárias algumas regras que passamos a expor.

Continuaremos a rezar mas terceiras quarta feiras de cada mês e assim a data aprazada seria já o dia 16 de Setembro pelas 21.30 na nossa igreja da Marinha Grande.

Algumas regras por causa do COVID:

1 - Não haverá o convívio final;

2 - À entrada da igreja estará gente com gel para purificar as mãos. Claro que é imperativo o uso da máscara.

3 - Cada um toma um lugar onde esteja o autocolante que define o lugar, ou seja, não haverá gente junta mas separada.

4 - Por isso mesmo utilizaremos o microfone e como tal só uma pessoa orientará a recitação do Terço, alternando em cada quarta feira.

5 - No final precisamos de voluntários para desinfectar os bancos que foram ocupados. É coisa rápida, pois já o fazemos em todas as Missas.

6 - No final mesmo cá fora, devem manter-se as máscaras e cada um dispersar para a sua casa.

Tragam mais homens, mais novos, todos, para rezarmos e pedirmos a Deus que nos liberte desta pandemia que está a colocar em perigo não só as vidas, mas também a economia e tudo o resto.

Os Avós são um tesouro

Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e FamíliaPara o dia dos avós - 26 de julho de 2020

São os primeiros a chegar à maternidade e reconhecem de imediato qualquer parecença familiar. Seguram com confiança a fragilidade de um recém nascido e adormecem birras de sono como mais ninguém. São avós. Andam de mãos dadas pelos passeios. Ficam quietos à beira mar, enquanto as ondas molham pés pequeninos. Compram aquele gelado, limpam os joelhos feridos em brincadeiras de rua, dão o banho ao final do dia, à espera dos pais que hão-de chegar. São avós. 

Reparam que é preciso comprar sapatos novos, descobrem qual o brinquedo sonhado e dizem adeus, com os olhos molhados, quando recebem abraços demorados nas despedidas. Mais tarde, ouvem em silêncio as queixas, as dúvidas e os sobressaltos. Compensam em amor as ausências, as zangas, as dificuldades de pais ocupados, de vidas separadas. Conhecem os primeiros namorados, ajudam a pagar as despesas das escolas e aquela viagem tão desejada. São avós. 

Emocionam-se com etapas vencidas, com os estudos terminados. Preocupam-se com os fracassos, acendem velas em dias de exame, rezam pelos seus netos. Criam laços que não conhecem limites, que não reparam na aparência das coisas, mas que se focam na disponibilidade total, no amor incondicional. Os avós sustentam a vida das famílias, não só porque muitas vezes permitem a sobrevivência ou algum desafogo, mas porque são as raízes de tantas vidas. Contam as histórias de cada passado, ajudam a perceber a diferença entre essencial e supérfluo. 

Os avós são testemunho concreto e real de outros tempos, tantas vezes marcados por dificuldades, lutas e carências. E quando o contam, sentados à mesa em almoços de domingo ou felizes com uma visita inesperada, transformam histórias antigas em lições de vida. E quem os escuta com mais atenção são os mais novos, encantados com as aventuras passadas em terras distantes ou a descrição cuidada de uma casa, de um passeio, de umas férias.

Os avós são um tesouro. 

Neste tempo que vivemos, precisamos de o dizer de forma clara, de o defender de forma assertiva. E os tesouros são protegidos, tocados com cuidado e admiração. Uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso. Porque tal como a natureza nasce e renasce, tal como a semente cresce e é lançada à terra, assim a vida corre e decorre. Quem é cuidado será capaz de cuidar. Quem aprende será capaz de ensinar. Quem é protegido será capaz de proteger. Quem é amado será capaz de amar. 

Os avós são um tesouro? Se pudéssemos fazer a pergunta a Jesus Menino, se pudéssemos ouvir Nossa Senhora a falar-nos de Seu Pai, São Joaquim, ou de Sua Mãe, Santa Ana, talvez percebêssemos melhor a verdade deste tesouro. Aparentemente não podemos e sabemos tão pouco sobre estes Avós…, mas no nosso coração podemos escutar o que Jesus tem para nos dizer. E talvez, talvez sintamos a vontade de correr para os braços de um avô velhinho, de uma avó sozinha. Ou de rezar por quem já partiu. Ou de contar a um filho, a uma neta, a história dos avós, dos bisavós, de todos os que nos deram a vida. Os avós são um tesouro.

O DIA DOS AVÓS é uma oportunidade para dar graças, abraçar e celebrar a presença dos Avós no passado e no presente, ir às próprias raízes e descobrir neles a ternura e o amor de Deus.

Casa de Retiros propõe 4 dias de oração e reflexão

A equipa formadora do Seminário Diocesano de Leiria vai organizar durante o mês de agosto quatro dias de oração e reflexão.
O convite estende-se a todos os que quiserem dedicar umas horas ao silêncio, à reflexão e ao encontro com Deus na oração. Em cada um dos dias programados haverá um orador e um tema diferentes, pelo que os participantes podem escolher um ou mais dias. O local da atividade será a casa de retiros de São José, no edifício do Seminário de Leiria, e terá início às 9h00 para acabar às 19h00.

Para participar é obrigatória a inscrição e uso de máscara durante o tempo da atividade. A inscrição tem um custo de 10 euros que inclui o almoço.

1 - 2 de agosto Tema: “EIS O CORDEIRO DE DEUS”
Orientador: Pe. Joaquim Domingos Luís (inscrições até 26 de julho)

2 - 8 de agosto Tema: “ONDE MORAS?”
Orientador: Pe. José Henrique Pedrosa (inscrições até 1 de agosto)

3 - 22 de agosto. Tema: “VINDE VER”
Orientador: Pe. José Augusto Rodrigues, (inscrições até 15 de agosto)

4 - 30 de agosto Tema: “ENCONTRÁMOS O MESSIAS”
Orientador Pe. André Batista, (inscrições até 23 de agosto)

Formulário de Inscrição:
https://www.leiria-fatima.pt/admin/form/