Um mandamento novo,
uma missão antiga como a humanidade
Esta semana, depois de nos dar um Papa novo, O Senhor vem ao nosso encontro com um mandamento novo, que empurra a igreja para a Missão antiga.
Do Papa novo já vimos o preço do relógio, acabo de ver notícias sobre o Papa movel que vale 500 mil dólares que a Mercedes ofereceu já ao Papa Francisco. Até esquecem que este é novo e anda bem a pé, às tantas nem precisa de papa móvel, vai bem a pé, ou de trotinete!
As tricas eclesiásticas abundam e todas as “facções” parecem querer reclamar para si o novo Papa.
Confesso que só imagino o diabo a rir-se ao ver a divisão que se manifesta no coração de tantos fiéis.
Recordo o paroquiano que me disse: “espero que seja humanista, mais que progressista ou tradicionalista”. O doutor Branco dizia-nos nas aulas que todos os “ismos” são perigosos, até o catolicismo. Pelo que eu rezo para que o Leão seja fiel ao Evangelho. Ele e nós todos.
E os que se entretém a discutir o sexo dos anjos, se preocupassem com a cura de almas, com a missão.
É disso que fala o Evangelho por estes dias da Páscoa.
Em tempos de mudança de papado, de mudanças no mundo, na nossa diocese que abraçou também um processo de renovação pastoral, bem como a nossa paróquia que procura reinventar-se e ser imagem das primeiras comunidades. Porque o tempo passa, as modas vão e voltam, mas o evangelho é o mesmo. E a Missão também.
O evangelho é dado a redundâncias curiosas, Mateus diz que Jesus mandou ir e ensinar, baptizar e ensinar (sim, duas vezes, porque são duas coisas distintas: evangelização e mistagogia).
Esta semana temos outra: “que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”.
Não é só amar, é amar como Ele nos amou.
E a avaliar pelos comentários, pelas tricas, ainda falta tanto.
Rezo para que nestes dias que antecedem o Pentecostes possamos deixar-nos tocar por estas palavras. Que os corações de tornem doceis à acção do Espírito, que no nosso esforço de sonhar a visão da nossa Paróquia futura, haja abertura de fazer o que é melhor. Que seja de serviço. Não de prestação de serviços, mas de lavadores de pés, de companheiros de viagem. Gente corajosa para escolher a radicalidade de amar como Jesus amou, lavar os pés a quem precisa.
“Porque uma igreja que não serve.... não serve para nada”
Pe. Patrício Oliveira